Onyx Lorenzoni agora faz parte da força-tarefa que luta, através do STF, para que o ex-ministro Eduardo Pazuello tenha o direito de ficar em silêncio durante seu depoimento na CPI da Covid-19
247- Há seis anos, quando ainda era um deputado de oposição, o ministro Onyx Lorenzoni, da Secretaria-Geral da Presidência, afirmou que "só bandido" se vale do direito de ficar calado em depoimentos a uma CPI, mas agora faz parte da força-tarefa que luta, através do STF, para que o ex-ministro Eduardo Pazuello, tenha o direito de ficar em silêncio durante seu depoimento na CPI da Covid-19 no Senado.
Segundo reportagem do jornal O Globo, há seis anos, quando ainda era um deputado de oposição, o ministro Onyx Lorenzoni, da Secretaria-Geral da Presidência, afirmou que "só bandido" se vale do direito de ficar calado em depoimentos a uma CPI. A publicação, feita em 11 de maio de 2015, durante a CPI da Petrobras, no governo Dilma, foi recuperada nas redes sociais logo após o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, protocolar um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal pedindo para não responder perguntas que podem incriminá-lo. Hoje, Onyx é um dos principais conselheiros do governo sobre a CPI da Covid.
A reportagem ainda informa que, durante a CPI da Petrobras, Lorenzoni era um dos deputados mais atuantes na investigação sobre a corrupção na estatal em meio à Operação Lava-Jato. Em maio daquele ano, a CPI convocou alguns dos principais operadores do esquema para depoimentos, entre ele o ex-diretor da empresa, Nestor Cerveró. Assim como Pazuello deseja, Cerveró optou por ficar calado e não responder às perguntas dos parlamentares. Após o silêncio de Cerveró, Lorenzoni reclamou:
"Cerveró ouviu de mim que em CPI quem se vale do direito (de) "ficar calado" tem coisa a esconder, só bandido usa isso", escreveu Lorenzoni.
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