O deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PSB)
alertou nesta segunda-feira (26) que as concessionárias do Anel de Integração
podem deixar um grande passivo de obras inacabadas ao fim dos contratos que se
encerram em novembro deste ano. Romanelli destacou o levantamento do
Departamento de Estradas de Rodagem (DER), publicado na Gazeta do Povo, que apontou
28 obras inacabadas, 17 delas nem foram iniciadas.
“Temos
que ficar alertas. Há uma série de obras que nem foram iniciadas a poucos meses
do encerramento desses contratos abusivos. Não é possível que o Paraná tenha
que pagar mais essa conta, depois de tudo que a nossa economia deixou no caixa
das concessionárias ao longo dos últimos 24 anos”.
Romanelli
afirmou esperar que o Governo do Estado, o DER e a Agepar cobrem a execução de
todas as obrigações contratuais das seis concessionárias, e reforçou que a má
experiência dos contratos assinados no fim da década de 90 deve ser utilizada
na construção do novo modelo.
“O modelo
elaborado pelo governo federal para os próximos 30 anos é muito semelhante com
os atuais contratos. Uma concessão onerosa que limita a redução efetiva das
tarifas. O Paraná não quer isso, queremos concorrência pelo menor preço,
garantia da execução das obras e investimentos nos primeiros anos”, frisou.
A lista
publicada não soma as obras retiradas dos contratos originais por meio de aditivos
firmados no início dos anos 2000 e nem as obrigações incluídas nos acordos de
leniência assinados pelas concessionárias com o Ministério Público Federal
decorrentes das investigações da Operação Lava Jato.
O
jornalista Roger Pereira constatou no documento do DER que das “28 obras
inacabadas, há trechos de duplicações que somam 124 quilômetros (alguns deles
já parcialmente concluídos); 38 quilômetros de terceiras faixas, vias marginais
ou acostamento; 16 quilômetros de contornos, além de 12 obras de arte, como
passarelas, pontes, trevos ou interseções. Há obras que, apesar de atrasadas,
estão em fase de conclusão, devendo ser entregues até novembro, mas há 17
intervenções que sequer foram iniciadas”.
Fonte:
Contraponto
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