sexta-feira, 16 de abril de 2021

Reinaldo: 'não havia provas contra Lula. Julgamento foi um dos mais importantes da história do País'

 "Nunes Marques, o Kássio Conká, ignorou a natureza do embate. Abriu divergência e meteu os pés pelos pés. Afirmou haver provas de que tríplex e sítio pertenciam a Lula. Mentira. Não há", escreve o jornalista Reinaldo Azevedo. O julgamento, diz ele, é "um dos mais importantes da história do STF e do país"

Jornalista Reinaldo Azevedo e o ex-presidente Lula

247 - Em sua coluna publicada no jornal Folha de S.Paulo, o jornalista Reinaldo Azevedo destacou não haver provas de que o tríplex e o sítio em Atibaia (SP) pertenciam ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

"Nunes Marques, o Kássio Conká, ignorou a natureza do embate. Abriu divergência e meteu os pés pelos pés. Afirmou haver provas de que tríplex e sítio pertenciam a Lula. Mentira. Não há", disse o colunista, após o Supremo Tribunal Federal (STF) manter, nessa quinta-feira (15), a anulação da condenação de Lula. "O julgamento ainda em curso —falta a questão da suspeição de Moro, já votada pela Segunda Turma— é, entendo, um dos mais importantes da história do STF e do país", continuou.


O jornalista reforçou que "não se trata de uma revisão integral e minuciosa da razia provocada pela Lava Jato, mas talvez estejamos diante de um sinal: ou a corte recupera —e que continue nesse caminho (se for um)— a condição de ente capaz de fazer o sistema de Justiça voltar para o eixo, ou, então, se mantém numa excepcionalidade pretensamente virtuosa, que sempre termina em desastre". "Quantos milhares de cadáveres são necessários para que se corrija o rumo?", questionou.

Os extremistas de centro resolveram se abraçar a seus congêneres à direita para brandir a tese mentirosa de que a anulação abrirá caminho para centenas de outras. "A afirmação é tão verdadeira como aquela que assegurava que a execução da pena só depois do trânsito em julgado colocaria na rua quase 200 mil condenados. Não eram e não são argumentos, mas histeria".

Nenhum comentário:

Postar um comentário