sábado, 24 de abril de 2021

Quebra de sigilos de Flávio Bolsonaro no caso das ‘rachadinhas’ faz dois anos, marcada por incerteza

 A quebra de sigilo bancário e fiscal do senador Flávio Bolsonaro completou dois anos, mas o inquérito está parado no Órgão Especial do TJ-RJ após decisão do STJ. Parlamentar e o seu ex-assessor Fabrício Queiroz já foram denunciados pelo MP do Rio

Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

247 - A quebra de sigilo bancário e fiscal do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e outras 94 pessoas físicas e jurídicas faz dois anos neste sábado (24), com disputas judiciais e incertezas. Ao todo, 17 acusados foram indiciados, porém as evidências de crimes não são consideradas válidas por causa de questões formais e processuais. Mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu a decisão. Seu destino depende de recursos, que ainda serão julgados.


De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, o inquérito está parado no Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio. A decisão ficou enfraquecida depois do entendimento do da 5ª Turma do STJ de que o Judiciário do Rio deveria ter fundamentado melhor os indiciamentos. 

Em novembro do ano passado, o Ministério Público do Rio (MP-RJ) denunciou Flávio Bolsonaro e o seu ex-assessor Fabrício Queiroz por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O MP do Rio entrou com recurso no STJ pedindo permissão para o Supremo Tribunal Federal (STF) analisar a questão. A quebra de sigilo apontou saques em espécie e transferências diretas para Queiroz, por exemplo. O dinheiro era sacado por funcionários nomeados para cargos de confiança no gabinete de Flávio.

Queiroz foi preso em junho do ano passado em Atibaia (SP), onde estava escondido de um imóvel pertencente a Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro. Queiroz movimentou R$ 7 milhões de 2014 a 2017, segundo o Conselho de Atividades Financeiras (Coaf).

O filho de Jair Bolsonaro afirmou ser inocente e disse que é alvo de perseguição política. Queiroz também negou ter cometido crimes. Já afirmou ganhar dinheiro com a compra e venda de carros. Em outra ocasião, disse que recolhia os salários dos funcionários do gabinete para redistribuir o dinheiro por uma rede mais ampla de colaboradores. 

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