quinta-feira, 29 de abril de 2021

Pecuária leiteira terá maior incentivo governamental em Apucarana

 

A proposta foi discutida pelo prefeito Júnior da Femac nesta quinta-feira (29/04), no gabinete municipal, em reunião com o gerente da Regional Apucarana do IDR – IAPAR – EMATER, Marco Antônio Casini Sanchez 

(Foto/PMA)

A Secretaria da Agricultura de Apucarana, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural – IAPAR – EMATER, trabalha na formatação de um programa municipal voltado à pecuária leiteira. A ideia deverá integrar o rol de serviços oferecidos pelo Programa Terra Forte, que desde 2014 promove a diversificação em pequenas propriedades com o incentivo à fruticultura, cafeicultura e fertilização do solo, com a maior parte da produção sendo revertida em benefício da alimentação escolar e atendimento das necessidades de entidades sociais.

A proposta foi discutida pelo prefeito Júnior da Femac nesta quinta-feira (29/04), no gabinete municipal, em reunião com o gerente da Regional Apucarana do IDR – IAPAR – EMATER, Marco Antônio Casini Sanchez, oportunidade em que também foi renovado termo de cooperação para continuidade das parcerias de extensão rural entre Município e o instituto. Júnior frisou que o Brasil é o quarto maior produtor de leite do mundo e, apesar do Paraná ser o segundo maior produtor de leite do Brasil, com mais de 4,4 bilhões de litros por ano, sendo a cadeia produtiva mais importante para os agricultores familiares do Estado, apenas 3% dos produtores rurais de Apucarana estão envolvidos com a atividade.


“No passado, o município já teve uma participação maior. Por diversos motivos, a atividade foi encolhendo a este ponto. Sabemos que a atividade é rentável, mas em contrapartida demanda maior investimento em tecnologias, e é neste ponto que o apoio governamental pode contribuir, dando além da assistência técnica desde o tipo de capim a ser plantado para alimentação do rebanho ao apoio para que os produtores possam se organizar, seja individualmente ou em grupos, para ter acesso aos equipamentos necessários para garantir uma produção de qualidade”, pontou o prefeito Júnior da Femac.

O prefeito destacou ainda a força do Programa Terra Forte, que hoje é uma iniciativa de sucesso reconhecida nacionalmente e exemplificou com o fato de Apucarana ser atualmente um dos maiores produtores de abacate do Paraná. “Há pouco tempo essa atividade quase não existia por aqui, mas a partir do apoio governamental, os produtores foram aderindo e é isso que queremos para a pecuária leiteira com este novo programa”, afirmou Júnior da Femac.

De acordo com o engenheiro agrônomo da Secretaria Municipal da Agricultura, André Maller, a proposta do prefeito Júnior da Femac tem como foco estabelecer ações para a melhoria da bacia leiteira no município. “Atualmente, os cerca de 3% dos produtores rurais de Apucarana que vivem ou estão relacionados com a atividade atuam de forma independente no processo de produção e comercialização do produto”, frisa Maller. Ele destaca que por ser um produto altamente perecível, a propriedade precisa de adaptações importantes. “E neste ponto que entra o programa governamental, onde o prefeito e o IDR estão formatando ações para prestar apoio de forma a fortalecer esses produtores, gerando experiências positivas que possam servir de inspiração para que novos produtores ingressem na pecuária leiteira”, explicou o especialista municipal.

A partir do lançamento da ideia, os técnicos da Secretaria Municipal da Agricultura e do IDR irão agora maturar o programa de incentivo. “Trata-se de uma atividade que já tem seus benefícios reconhecidos, como geração de emprego e renda, manutenção do homem no campo, e esta iniciativa governamental vai dar suporte para que seja produzido leite de qualidade e em maior quantidade, com acesso à tecnologia para garantir sanidade, fortalecendo ainda caminhos de comercialização para que obtenham justa remuneração pela produção”, disse Maller, que no ato falou em nome do secretário Municipal da Agricultura, Gerson Canuto. “Hoje a destinação da produção é o maior desafio de quem produz leite. Neste ponto a prefeitura também vai procurar criar um novo canal de comercialização, que é compra para a alimentação escolar e, eventualmente, também para entidades sociais”, conclui o agrônomo da prefeitura.

O extensionista do IDR em Apucarana, técnico em agropecuária Wilson dos Santos Moreira, avalia como muito oportuna a proposta da prefeitura. “Temos alguns pequenos e grandes agricultores que se dedicam à atividade em Apucarana, mas que hoje produzem apenas com suas próprias forças. E com a ação da prefeitura, ofertando a oportunidade de inserir essa atividade no Programa Terra Forte, com certeza será criado uma bela proposta que dará grandes resultados”, analisou o extensionista.

O IDR também irá contribuir com a iniciativa. “Vamos entrar em contato com todos os produtores, realizar um levantamento das necessidades em termos de assistência técnica e de estruturação da atividade. Posteriormente, voltamos a nos reunir com os técnicos da Secretaria Municipal da Agricultura para dar início à formatação do programa”, disse Moreira, pontuando que a atividade leiteira é bastante relevante no quesito geração de renda. “O pequeno produtor rural consegue com a bovinocultura leiteira ter uma renda bem superior por área, do que outras atividades que ele está explorando na propriedade”, revelou.

O suporte na criação do programa está lincado com a renovação do termo de cooperação do IDR – IAPAR – EMATER com a Secretaria Municipal da Agricultura. “Esse documento apresenta um cronograma de trabalhos e elenca diversas ações nas mais diferentes atividades rurais: bovinocultura, cafeicultura, olericultura, fruticultura, agroindústria, turismo rural, entre outras”, explicou Marco Antônio Casini Sanchez, gerente local do IDR. Ele frisa que o termo foi renovado por um período de quatro anos. Criado em 2019 pelo Governo do Paraná, a instituição presta serviço integrado de pesquisa e experimentação agrícola, assistência técnica e extensão rural, visando o fomento no meio rural e a expansão da base de agroecologia.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário