Segundo dados
apurados pelo consórcio de pesquisadores do Farol Covid, o Paraná retornou
nesta quinta-feira (8 de março) ao nível alerta ‘altíssimo’ para a Covid-19. Até ontem, como
havia noticiado o Bem Paraná, o estado era a única unidade da federação que não
estava no grau máximo de risco para a pandemia.
A
escala do Farol Covid registra quatro níveis de urgência, apresentados aqui em
ordem, do menos grave para o mais grave: "novo normal",
"moderado", "alto" e "altíssimo".
Há exatamente um
mês, o consórcio de
pesquisadores havia apontado que o Paraná apresentava a maior taxa de novos
casos da doença pandêmica em todo o país. Com a implantação de
medidas restritivas mais severes para limitar a circulação de pessoas, o estado
conseguiu colher alguns bons resultados nas últimas semanas, com redução na
taxa de contágio (Rt) e na de novos casos, por exemplo, e há cerca de uma
semana apresentava um nível de alerta "alto" para a pandemia, o
segundo grau mais grave do Farol Covid.
Hoje,
porém, com a atualização dos dados com as informações dos boletins divulgados
ontem pelas secretarias municipais e estadual de Saúde, o Paraná perdeu o
'privilégio' de ser a única unidade da federação que não está com alerta máximo
para a pandemia. E isso aconteceu depois da taxa de novos casos por 100 mil
habitantes subir, em um dia, de 27,01 para 28,81, enquanto a média móvel de
óbitos (também por 100 mil habitantes) passou de 1,45 para 1,75 - ontem, inclusive, o
estado registrou mais 433 mortes pelo novo coronavírus, recorde em um único
boletim até o momento.
Além
disso, o número estimado de casos ativos (dado que considera também a
subnotificação) no estado também cresceu, passando de 358 mil para 374 mil.
Hoje, sete de cada dez casos da doença não são diagnosticados, ou seja, não
entram nas estatísticas oficiais de contaminações.
Situação nos
municípios ainda é preocupante
Ainda
ontem, os dados do Farol Covid apontavam que na maioria dos municípios
paranaenses persistia uma situação crítica no enfrentamento da pandemia, com
nível de alerta altíssimo. Não à toa, 349 das 399 cidades paranaenses, o
equivalente a 87,5% do total, se encontram com alerta máximo para o avanço da
doença.
Outros
47 municípios estão com alerta considerado alto, grande parte deles localizado
na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). São eles: Adrianópolis, Altamira do
Paraná, Altônia, Barbosa Ferraz, Campina Grande do Sul, Campina da Lagoa, Campo
Magro, Campo Mourão, Cerro Azul, Cruzeiro do Oeste, Curitiba, Diamante D'oeste,
Esperança Nova, Farol, Godoy Moreira, Icaraíma, Iporã, Janiópolis, Jardim
Alegre, Lapa, Lunardelli, Mamborê, Marechal Cândido Rondon, Mariluz, Mato Rico,
Moreira Sales, Maripá, Nova Cantu, Nova Santa Rosa, Nova Tebas, Ouro Verde do
Oeste, Palotina, Pato Bragado, Peabiru, Perobal, Pérola, Piên, Pinhais,
Quitandinha, São João do Ivaí, São José dos Pinhais, São Pedro do Iguaçu,
Tijucas do Sul, Toledo, Tupãssi e Ubiratã.
Além
disso, outras três cidades (Campo do Tenente, Doutor Ulysses e Rio Negro)
apresentam alerta moderado - as três chegaram a estar no "novo
normal" dias atrás, mas tiveram piora na classificação ainda ontem, antes
mesmo do estado em si voltar para o alerta 'altíssimo'.
Fonte: Bem Paraná
com assessorias
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