quarta-feira, 14 de abril de 2021

Opinião do governo Bolsonaro sobre vacina é contestada por mais de 240 organizações internacionais

Mais de 240 entidades de todo o mundo se manifestam contra as propostas do Brasil sobre vacinas

(Foto: Pfizer/Divulgação/Reuters)


247 - Em carta enviada à direção da OMS e da OMC, mais de 240 organizações internacionais alertam sobre os riscos que representam as propostas defendidas pelo Brasil e outros países sobre vacinas. Para esses governos, a solução para garantir a distribuição maior de doses não é a quebra de parentes, informa o jornalista Jamil Chade em artigo no UOL.

Nesta quarta-feira (14), a OMC reúne as maiores empresas do mundo, ministros e especialistas para tentar encontrar um acordo sobre vacinas. O Itamaraty estará na reunião, ao lado de ministros europeus, dos EUA e de atores chave no debate, incluindo laboratórios russos, indianos e cubanos.

“Desde 2020, indianos e sul-africanos defendem que as patentes sobre vacinas sejam suspensas, o que permitiria que laboratórios em todo o mundo pudessem fabricar versões genéricas do produto. Isso aumentaria o abastecimento e reduziria custos”, aponta o jornalista.


Mas americanos, europeus e japoneses se recusaram a permitir que o debate seguisse tal caminho, alertando que a quebra de propriedade intelectual minaria os incentivos para a inovação. A postura do Brasil, que era de se aliar aos países ricos nessa questão, foi duramente criticada pela sociedade civil e entidades médicas. O Brasil apoia oficialmente a ideia da nova diretora da OMC, Ngozi Iweala, de buscar uma "terceira via". Na prática, ela negocia nos bastidores um amplo pacto no qual as grandes empresas farmacêuticas aceitariam transferir tecnologia a partir de um acordo comercial, como a AstraZeneca fez no caso da Fiocruz. Não haveria quebra de patentes. 

Leia a íntegra. 

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