quinta-feira, 22 de abril de 2021

Merval não desiste e pressiona STF a anular suspeição do ex-juiz Moro nesta quinta-feira

 Decisão que declarou o ex-juiz suspeito deve ser mantida nesta quinta-feira pelo Supremo Tribunal Federal


247 – O jornalista Merval Pereira, do jornal O Globo, decidiu mais uma vez pressionar o Supremo Tribunal Federal a salvar o ex-juiz Sérgio Moro, que já foi condenado por suspeição e parcialidade pelo Supremo Tribunal Federal, e que, segundo reportagem especial do jornal francês Le Monde, atuou a serviço dos Estados Unidos e contra os interesses econômicos nacionais.

"Nesse caso, o resultado é imprevisível. Já temos três votos pela suspeição dados na Segunda Turma —Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski — e um a favor de Moro, por Nunes Marques. Alguns ministros já se pronunciaram favoravelmente em várias oportunidades sobre a Operação Lava-Jato, como o presidente Luiz Fux e os ministros Luís Roberto Barroso e Marco Aurélio Mello. Assim como fizeram, contra, os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski", escreve Merval, em sua coluna.


Mais adiante, ele usa uma perícia inconsistente para questionar as mensagens obtidas pelo hacker Walter Delgatti. "Na visão de Fux, a discussão envolvida no caso é relevante, pois pode afetar outros processos da Lava- Jato e 'atingir um grande trabalho feito pelo Supremo Tribunal Federal no combate à corrupção'. A sombra que paira sobre o julgamento, os diálogos entre os procuradores de Curitiba e o juiz Sergio Moro divulgados depois de ter sido roubados por um hacker, sofreu um golpe com o laudo da Polícia Federal afirmando que não há possibilidade técnica de atestar sua veracidade ou origem. O laudo não apagou da mente dos ministros a impressão causada, mesmo que digam que não o usaram nas decisões, mas colocou concretamente a possibilidade de que tenham sido alterados", escreve Merval.

Na conclusão, ele afirma que outros réus podem vir a ser beneficiados pela suspeição de Moro, como se este fosse o problema – e não a parcialidade do ex-juiz. "A suspeição de Moro no caso do triplex do Guarujá criará uma situação esdrúxula: o ex-presidente da empreiteira OAS Léo Pinheiro, que confessou ter dado o apartamento a Lula em troca de benefícios recebidos durante seu governo, será também absolvido, assim como o ex-executivo Agenor Franklin Medeiros, ambos condenados no mesmo processo. O mesmo acontecerá nos demais processos contra Lula, caso o benefício seja estendido a eles pelo ministro Gilmar Mendes, novo relator da Lava-Jato na Segunda Turma do STF", escreve.

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