segunda-feira, 12 de abril de 2021

Marco Aurélio revela ter votado em Haddad e diz que Bolsonaro foi eleito em "plebiscito a favor ou contra o PT" (vídeo)

Questionado se é, ou não, a favor do impeachment de Jair Bolsonaro, o ministro do Supremo afirmou: "não sou a favor do impeachment de dirigente algum. A ordem natural não é essa. A ordem é a observância do mandato". Ele também classificou a vida política de Bolsonaro como "extremada", se resumindo a críticas "sem uma base construtiva"

(Foto: Nelson Jr/STF)


247 - Em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, no UOL, na manhã desta segunda-feira (12), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello revelou ter votado em Fernando Haddad (PT) em 2018, que concorria ao Planalto contra Jair Bolsonaro.

O magistrado afirmou ter votado no petista por ele ter sido "um bom prefeito em São Paulo". "Eu votei no Haddad, revelando meu voto. Sou um homem muito transparente. Por que votei no Haddad? Porque ele foi um bom prefeito em São Paulo. Porque ele, sendo eleito pelo PT, faria tudo ao alcance para recuperar a imagem do partido, que nós acreditamos no início que fosse um partido diferente dos demais. Por isso votei em Haddad".


Perguntado sobre um possível segundo turno em 2022 entre Bolsonaro e o ex-presidente Lula, o ministro respondeu: "espero não estar diante dessa opção. Eu espero muito confiante. Aguardemos até o julgamento agora na próxima quarta-feira na questão alusiva à nulidade por incompetência territorial da 13ª Vara Federal de Curitiba, dando-se, na minha visão, o dito pelo não dito".

Ainda sobre a eleição de 2018, Marco Aurélio afirmou que Bolsonaro foi eleito em "plebiscito a favor ou contra o PT, não a favor de Bolsonaro em si" , basicamente sinalizando que Bolsonaro foi eleito pelo antipetismo. Ele ainda falou que o ex-deputado federal "fez a vida política dele de forma extremada, batendo em minorias, criticando por criticar, sem uma base maior, sem uma base construtiva".

O ministro, no entanto, não se mostrou favorável ao impeachment do ocupante do Planalto. "Não sou a favor do impeachment de dirigente algum. A ordem natural não é essa. A ordem é a observância do mandato".

 


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