quarta-feira, 14 de abril de 2021

Juiz diz que diálogos da Lava Jato não têm autenticidade confirmada e nega compartilhar mensagens

 A Polícia Federal havia concluído que não é possível atestar a autenticidade e a integralidade das mensagens apreendidas pela Operação Spoofing

(Foto: Reprodução)


247 - O juiz substituto Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, decidiu reconhecer o relatório da Polícia Federal que concluiu pela impossibilidade de confirmar a autenticidade das mensagens hackeadas da Lava Jato apreendidas no âmbito da Operação Spoofing.

As mensagens foram vazadas e revelaram o esquema de conspiração entre promotores da Lava Jato de Curitiba com o juiz Sergio Moro, entre outras coisas.

A Polícia Federal havia concluído que não é possível atestar a autenticidade e a integralidade das mensagens apreendidas pela Operação Spoofing. A PF favoreceu, assim, os argumentos da Procuradoria-Geral da República, que alega que a investigação é ilegal por ter sido aberta com base em provas obtidas ilegalmente.


Com a decisão, o juiz Ricardo Leite defendeu que não iria compartilhar o acervo com os procuradores Lívia Nascimento e Vladimir Aras, que foram citados em conversas entre integrantes da Lava Jato, mas não tiveram seus aparelhos hackeados. 

Também tiveram pedido de acesso negado o ex-diretor da Engevix Gerson Almada e o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral.

O juiz defendeu que a consulta deve ser ‘extremamente restrita às partes envolvidas’ e limitado apenas ao direito de defesa.

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