Segundo o ministro da Economia, a suspensão da pesquisa foi feita pelo Congresso para evitar que pesquisadores transmitissem o vírus "de casa em casa"
247 - O ministro da Economia, Paulo Guedes, se eximiu de responsabilidade sobre o cancelamento do Censo 2021, depois que o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta quarta-feira (28) que o governo realize a pesquisa.
Em declaração a jornalistas na entrada do ministério, Paulo Guedes culpou o Congresso Nacional pela retirada dos recursos previstos para o Censo.
“Não fomos nós que cortamos o Censo. Quando houve corte no Congresso, a explicação que nos foi dada é de que o isolamento social impediria que as pessoas fossem de casa em casa transmitir o vírus, porque é físico, os pesquisadores vão de casa em casa. Então, me pareceu que essa é uma explicação, vou me informar a respeito”, afirmou Guedes.
Na tramitação do Orçamento no Congresso Nacional, os parlamentares já haviam cortado os valores destinados ao Censo, de R$ 2 bilhões para R$ 71 milhões. Por lei, o Censo deve ser realizado a cada dez anos. O último ocorreu em 2010. Com o adiamento da pesquisa de 2020 devido à pandemia de Covid-19, o dinheiro foi usado no combate ao coronavírus.
Ao acatar os argumentos do Executivo maranhense, do governador Flávio Dino (PCdoB), o ministro Marco Aurélio Mello afirmou que o Censo permite “mapear” as condições socioeconômicas de cada parte do Brasil. “Como combater desigualdades, instituir programas de transferência de renda, construir escolas e hospitais sem prévio conhecimento das necessidades locais?”, questionou.
Segundo o despacho, o direito à informação “é basilar para o Poder Público formular e implementar políticas públicas”, já que, de posse de dados e estudos, “governantes podem analisar a realidade do País”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário