quarta-feira, 21 de abril de 2021

Felipe Neto diz que não pisa na CNN enquanto emissora der voz a negacionistas como Alexandre Garcia

 Em entrevista ao Grupo Prerrogativas, o youtuber Felipe Neto fala sobre a responsabilidade da imprensa. “Quando aparece um Bolsonaro da vida, tudo o que a gente quer é abraçar a imprensa. Então tudo o que a gente quer é abraçar a Folha, o Estadão, a Veja… mas é difícil, né. É muito difícil”

Felipe Neto e Alexandre Garcia (Foto: Divulgação / reprodução)

247 - O youtuber Felipe Neto fez duras críticas à cobertura da imprensa na era do bolsonarismo, muitas vezes “normalizando” figuras que são negacionistas e anti-ciência.

“Eu fui muito claro com a CNN porque recebi diversos convites da CNN para ir na emissora, então eu fui muito claro com eles: eu não piso na emissora enquanto vocês derem voz para pessoas que são comprovadamente obscurantistas e anti-ciência e são indiretamente responsáveis por mortes por Covid no Brasil”, declarou em entrevista ao Grupo Prerrogativas nesta quarta-feira (21), ao vivo no Youtube.


“Eu, na qualidade de Youtuber, que sei que a CNN quer usar a minha imagem para atrair novos públicos, eu não vou levar novos públicos, que é o meu público, para uma emissora que dá voz ao Alexandre Garcia. Porque não é mais só uma questão opinativa aqui, que eu discorde do Alexandre Garcia. Não tem nada a ver com isso. Eu quero mais é que eu discorde, para aprender alguma coisa nova. A gente tá falando de um cara que diz que o Brasil teve mais de 300 milhões de mortos por gripe. Um cara que não tem a mínima responsabilidade que não seja a babação de ovo de Jair Bolsonaro”, destacou Felipe Neto. 

“E aqui eu não estou criticando quem vai na emissora, tá, porque se nós não tivesséssemos Augustos seria muito pior”, complementou, referindo-se ao advogado Augusto de Arruda Botelho, integrante do Prerrogativas e que participou como entrevistador na live.

Felipe Neto falava do papel da imprensa na promoção dos direitos humanos e da democracia. Antes de citar o exemplo da CNN e da Jovem Pan, que dá espaço a Rodrigo Constantino, ele fez uma crítica geral sobre os veículos de comunicação:

“Quando aparece um Bolsonaro da vida, tudo o que a gente quer é abraçar a imprensa. Porque a primeira coisa que esses reacionários mal-caráter e completamente autoritários querem é o fechamento da imprensa”, afirmou, dando exemplo de Donald Trump e Bolsonaro. “Então tudo o que a gente quer é abraçar a Folha, o Estadão, a Veja… mas é difícil, né. É muito difícil. A imprensa aqui no Brasil é muito elitista”. 

“É muito importante que os veículos entendam que eles não podem contribuir para essa dispersão e para essa mudança de alteração da realidade”, acrescentou.

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