quinta-feira, 8 de abril de 2021

Empresários rechaçam tese de que apoiam Bolsonaro

 Parte da elite empresarial do país estaria indignada com a percepção passada pelo Palácio do Planalto de que Jair Bolsonaro conta com o apoio da categoria quando, na realidade, teria ao seu lado apenas o setor já tradicionalmente ligado ao bolsonarismo

(Foto: ABR)

247 - O  encontro promovido pelo dono da empresa de segurança Gocil, Washington Cinel, que reuniu banqueiros e empresários em um jantar com Jair Bolsonaro na noite desta quarta-feira (7), causou indignação em diversos grupos de Whatsapp da elite empresarial do país. Segundo o jornal Valor Econômico, parte do empresariado avalia que o Palácio do Planalto conseguiu passar a percepção de que Bolsonaro tem o apoio da categoria quando, na realidade, teria juntado apenas a parte do setor já tradicionalmente ligada ao bolsonarismo. 


De acordo com um interlocutor ouvido pela reportagem, o Planalto tentou buscar apoio do empresariado para reavivar o antipetismo, mas a posição da maioria e dos financistas estaria melhor representada pelos signatários do manifesto por ações contra a pandemia, que reuniu diretores de grupos empresariais como Itaú, Klabin, Gerdau, Amaggi, Natura, Ambev, Gávea, Marfrig e Amaggi. No entanto, estavam no jantar nomes importantes do empresariado brasileiro que não são ligados ao bolsonarismo, como David Safra, presidente do Banco Safra, Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do conselho de administração do Bradesco, André Esteves, fundador do BTG Pactual e Rubens Ometto Silveira Mello (Cosan).

Ainda segundo o interlocutor, que não teve o nome revelado, o discurso contra o PT não deverá resultar em votos pela reeleição de Bolsonaro, uma vez que parte do empresariado reconhece que se o Partido dos Trabalhadores estivesse no poder a crise não seria tão aprofundada. A reportagem destacam ainda, que a maioria recebeu o discurso de Bolsonaro durante o jantar como um “estímulo” para buscar uma terceira via. 

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