O país tem desemprego recorde, mas, segundo Jair Bolsonaro, a culpa da metodologia do IBGE. Ele ameaça intervir no instituto, criado em 1936 e respeitado mundialmente. O Brasil em hoje taxa de desocupação de 14,2%, maior número de desempregados desde o início da série histórica da pesquisa Pnad
247 - Jair Bolsonaro voltou a criticar nesta quinta-feira (8) a Pnad Continua (indicador de desemprego), em uma repetição do que já havia feito há dois anos. Segundo ele, a culpa pelo aumento do desemprego no Brasil seria apenas fruto da da metodologia do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que mede o índice. Ele ameaça intervir no instituto, criado em 1936 e respeitado mundialmente. O Brasil tem hoje taxa de desocupação de 14,2%, maior número de desempregados desde o início da série histórica da pesquisa Pnad.
"Estamos criando empregos formais mês a mês. Mas tem aumentado o desemprego por causa dessa metodologia do IBGE que atendia ao governo da época", disse em entrevista à CNN, mentindo sobre o índice e a realidade do desemprego.
Segundo revelou reportagem do jornal Folha de S.Paulo, a taxa de desemprego no trimestre encerrado em janeiro foi de 14,2%, a pior para o período desde o início da pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2012. Ao todo, 14,3 milhões de brasileiros estavam em busca de uma vaga no período.
Esse é, segundo o IBGE, o maior número de desempregados desde o início da série histórica da pesquisa. São cerca de 200 mil pessoas a mais do que no trimestre anterior, encerrado em outubro, e 2,4 milhões de pessoas a mais do que no mesmo trimestre de 2020, antes do início da pandemia.
O IBGE explicou, em nota, há dois anos, que a metodologia segue das recomendações da OIT (Organização Internacional do Trabalho).
"A utilização de conceitos, classificações e métodos internacionais pelos órgãos de estatística de cada país promove a coerência e a eficiência dos sistemas de estatística em todos os níveis oficiais, conforme preconizam os Princípios Fundamentais das Estatísticas Oficiais", informou o IBGE há dois anos.
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