O
pior mês foi o de julho do ano passado, quando 92 funcionários foram infetados.
O Palácio do Planalto, onde está o gabinete da presidência do
Brasil, é um espelho da crise sanitária que o país tem enfrentando devido à
pandemia de coronavírus. Desde o início da pandemia, em março do ano passado,
460 funcionários que trabalham no palácio situado em Brasília testaram positivo
ao coronavírus, revela o jornal O Globo. Os números foram fornecidos pela
Secretaria-Geral da Presidência a pedido desta publicação.
Estes 460 casos
entre as 3.500 pessoas que trabalham no edifício mostram que 13% dos
funcionários no Palácio do Planalto já contraíram o vírus. Uma taxa de infeção
que é superior à média do Brasil – 12,7 milhões dos 212,8 milhões de habitantes
do Brasil já foram infetados, ou seja 6% da população.
No último mês foram diagnosticados 30
casos positivos no Palácio do Planalto, cerca do dobro dos reportados em
fevereiro (16 contágios). O pico de infeções aconteceu em julho do ano passado,
quando foram detetados 92 casos de Covid-19.
No gabinete do presidente Jair Bolsonaro
já foram identificados 28 casos de contágio desde o início da pandemia.
Entre os funcionários do Palácio do
Planalto já se verificou uma morte devido à Covid-19: Silvio Kammers, um
assistente do gabinete de Bolsonaro. No entanto, o óbito de Kammers foi mantido
em segredo durante algum tempo e a imprensa só teve conhecimento no dia 16 de
março. Uma semana antes tinha sido publicada uma portaria que indicava que o
posto que ocupava estava vago devido à sua morte, mas sem ter sido feita menção
à causa do óbito.
Um dia após a publicação da portaria,
Bolsonaro afirmou durante uma cerimônia no palácio que desconhecia que “uma só
pessoa” no edifício tivesse sido internada no hospital por padecer da Covid-19.
Estes números significativos de casos de
infeção no Palácio do Planalto podem também ser explicados pela postura do
presidente, que tem desvalorizado sempre o impacto da pandemia, tendo mesmo
chegado a dizer que a doença era só uma gripe.
No Planalto as medidas de distanciamento
social não são respeitadas de uma forma generalizada e têm sido comuns ao longo
do tempo os eventos com grandes aglomerações de pessoas.
Fonte:
Noticias ao Minuto
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