terça-feira, 13 de abril de 2021

Boulos decide disputar governo de São Paulo, anuncia apoio a Lula e propõe frente de esquerda em todo o País

Líder do MTST e dirigente do PSOL, Guilherme Boulos afirmou estar “disposto a assumir o desafio de disputar o governo de São Paulo em 2022” e defendeu a união do campo progressista para derrotar Jair Bolsonaro

(Foto: Divulgação)

247 - O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem teto (MTST) e dirigente do PSOL, Guilherme Boulos, afirmou à coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, que está "disposto a assumir o desafio de disputar o governo de São Paulo em 2022”. Na entrevista, Boulos também defendeu a unidade dos partidos de esquerda para lançar uma candidatura única visando derrotar Jair Bolsonaro no pleito presidencial do próximo ano e disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o nome mais forte pata que isso aconteça.  

“Preciso fazer naturalmente esse debate com o meu partido. Mas eu estou disposto a assumir o desafio de disputar o governo de São Paulo em 2022. E construindo uma unidade dos progressistas. Sem unidade é muito difícil derrotar a máquina do PSDB”, disse Guilherme Boulos sobre a possibilidade de disputar a eleição para o governo paulista. 

“Devo te confessar que tenho muita disposição de acabar com o Tucanistão [a sequência de governos do PSDB no estado].Já deu. Tem um cansaço, um desgaste do PSDB com essa mesmice tucana governando o estado há mais de 30 anos. Uma capitania hereditária com histórico de roubalheira, máfia da merenda, do metrô, do Rodoanel”, afirmou. 


Ainda segundo ele, a unidade do campo progressista deve ser em “nível nacional”. “Defendo essa unidade nacional do campo progressista. Temos que ver qual é o nome que vai ter melhores condições de derrotar o Bolsonaro em 2022. Se for o do Lula... hoje é. Estamos a um ano e meio da eleição. É evidente que a unidade tem que ser construída em torno do nome com melhores condições de derrotar o Bolsonaro. Mas também em torno de um projeto”, completou. 

“O nosso foco tem que ser derrotar o bolsonarismo e apresentar um projeto de reconstrução nacional. Isso passa por um debate de um projeto nacional. Unidade se constrói com gestos dos dois lados. Unidade é uma via de mão dupla”, ressaltou. 

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