Base governista no Senado quer atrasar a indicação de membros do colegiado até o julgamento do caso pelo plenário do STF. Estratégia visa dar tempo para que o Planalto convença os ministros da Corte a não votar pela instalação da CPI
247 - Senadores de partidos aliados do governo Jair Bolsonaro deram início as articulações visando atrasar a implantação da CPI da Pandemia, que tem como objetivo apurar supostos crimes do governo federal no enfrentamento à Covid-19. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a ideia dos parlamentares é adiar a indicação dos integrantes do colegiado até que o caso seja julgado pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). A estratégia visa dar tempo para que o Planalto convença os ministros da Corte a não votar pela instalação da CPI.
"Eu, como líder do bloco Vanguarda [DEM,PL e PSC], vou defender que as indicações sejam feitas só depois da decisão do plenário. A instalação da CPI não pode ser na próxima semana se o plenário do Supremo ainda não se manifestou", afirmou o senador Wellington Fagundes (PL-MT).
Ainda conforme a reportagem, a base aliada pretende fazer uso de brechas do regimento interno para postergar a indicação dos membros da CPI, composta por 11 titulares e 7 suplentes. O regimento não estabelece um prazo para que as indicações sejam efetivadas.
Paralelamente a esta movimentação, o Planalto também está tentando convencer senadores a retirarem suas assinaturas do requerimento de criação da CPI, que precisa de um mínimo de 27 apoiadores para ser levada adiante.
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