"Taxa
é taxa de mercado. Operação normal. A gente é líder aqui no Distrito
Federal", disse o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, sobre o
financiamento feito pela instituição que resultou na compra de uma mansão de R$
6 milhões pelo senador Flávio Bolsonaro
247 - O presidente do Banco Regional de Brasília (BRB),
Paulo Henrique Costa, negou que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ),
investigado pelos crimes de lavagem de dinheiro, peculato e organização
criminosa, tenha sido beneficiado com algum tipo de vantagem no financiamento
utilizado na compra de uma mansão de 5,97 milhões. “Taxa é taxa de mercado.
Operação normal. A gente é líder aqui no Distrito Federal”, disse Costa em
entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
No contrato do
financiamento de R$ 3,1 milhões, registrado no dia 2 de fevereiro deste ano no
1º Ofício de Registro de Imóveis do Distrito Federal, o senador pagará 360
parcelas com taxa de juros efetivos anuais de 4,85% e uma taxa de juros
reduzida de 3,71% ao ano, além da variação do Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA)
Pelo
simulador no site da instituição, um financiamento em condições semelhantes só
é possível caso o interessado possua uma renda mínima mensal de R$ 46,4 mil.
Neste caso, as parcelas variam entre R$ 18.738,94 e R$ 18.574,47, dependendo da
seguradora escolhida pelo tomador do financiamento. O salário bruto do senador
é de R$ 33,7 mil, com vencimento líquido de R$ 24,9 mil. Desta maneira,
Flávio Bolsonaro terá que desembolsar 70% do salário para quitar os
parcelamentos. O valor do é três vezes maior que a soma total de bens
declarados por Flávio à Justiça Eleitoral em 2018.
O BRB é um órgão do governo do Distrito Federal, que tem
Ibaneis Rocha como governador. Ibaneis é aliado de Jair Bolsonaro. Já Paulo
Henrique tem o nome cotado para substituir André Beltrão na presidência do
Banco do Brasil.
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