terça-feira, 2 de março de 2021

'Taxa de mercado, operação normal', diz presidente do BRB sobre financiamento imobiliário para Flávio Bolsonaro

 

"Taxa é taxa de mercado. Operação normal. A gente é líder aqui no Distrito Federal", disse o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, sobre o financiamento feito pela instituição que resultou na compra de uma mansão de R$ 6 milhões pelo senador Flávio Bolsonaro

Presidente do BRB, Paulo Henrique Costa

247 - O presidente do Banco Regional de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, negou que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), investigado pelos crimes de lavagem de dinheiro, peculato e organização criminosa, tenha sido beneficiado com algum tipo de vantagem no financiamento utilizado na compra de uma mansão de 5,97 milhões. “Taxa é taxa de mercado. Operação normal. A gente é líder aqui no Distrito Federal”, disse Costa em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo

No contrato do financiamento de R$ 3,1 milhões, registrado no dia 2 de fevereiro deste ano no 1º Ofício de Registro de Imóveis do Distrito Federal, o senador pagará 360 parcelas com taxa de juros efetivos anuais de 4,85% e uma taxa de juros reduzida de 3,71% ao ano, além da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)

Pelo simulador no site da instituição, um financiamento em condições semelhantes só é possível caso o interessado possua uma renda mínima mensal de R$ 46,4 mil. Neste caso, as parcelas variam entre R$ 18.738,94 e R$ 18.574,47, dependendo da seguradora escolhida pelo tomador do financiamento. O salário bruto do senador é de R$ 33,7 mil, com vencimento líquido de R$ 24,9 mil.  Desta maneira, Flávio Bolsonaro terá que desembolsar 70% do salário para quitar os parcelamentos. O valor do é três vezes maior que a soma total de bens declarados por Flávio à Justiça Eleitoral em 2018. 

O BRB é um órgão do governo do Distrito Federal, que tem Ibaneis Rocha como governador. Ibaneis é aliado de Jair Bolsonaro. Já Paulo Henrique tem o nome cotado para substituir André Beltrão na presidência do Banco do Brasil. 

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