Adiamento
da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, que perseguiu o ex-presidente Lula para
eleger Jair Bolsonaro, não afeta a decisão de ontem, na qual Edson Fachin
devolveu a Lula seus direitos políticos. Cármen Lúcia, que ainda cogita mudar
seu voto, vai esperar o voto de Kássio Nunes Marques
247 - A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal
(STF) retomou nesta terça-feira (9) o julgamento do habeas corpus que
pede a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro na condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva no caso do triplex do Guarujá.
O julgamento foi
suspenso com um placar de 2 a 2. Isso porque os ministros Gilmar Mendes e
Ricardo Lewandowski votaram pela suspeição.
Antes
de Gilmar Mendes pedir vistas do processo, em 2018, o relator, Edson Fachin, e
a ministra Cármen Lúcia já haviam votado contra a suspeição de Moro.
Na sessão desta
terça, o ministro Kássio Nunes Marques pediu vistas do processo, paralisando
novamente o julgamento. A ministra Cármen Lúcia afirmou que vai votar depois de
Nunes Marques, e apresentará um "novo voto", sinalizando mudança de
entendimento.
Voto
de Gilmar Mendes
Em um longo e
contundente voto, o ministro Gilmar Mendes se posicionou pela
suspeição do ex-juiz Sergio Moro nos processos contra o ex-presidente Lula na
Lava Jato, com a anulação de todos os atos decisórios no âmbito da ação penal,
e que seja responsável pelas custas dos processos.
O
ministro leu diversos trechos de diálogos entre procuradores da força-tarefa
que envolvem também Sergio Moro. E definiu a Lava Jato como “projeto populista
de poder”, usando expressões como “instrumentalização da justiça”, “juiz
subserviente”, “populismo jurídico” e “maior escândalo judicial da nossa
história”. “Não se combate crime cometendo crime”, ressaltou.
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