Esportes e Educação
municipais também participam de projeto que vai até 31 de março
As secretarias
municipais da Mulher e Assuntos da Família, a de Esportes, e o Centro de Apoio
Multiprofissional ao Escolar (Came), da Autarquia Municipal de Educação,
participam, ao lado da Federação Paranaense de Síndrome de Down e o curso de
medicina da Unicesumar, das celebrações do Dia Internacional de Síndrome de
Down, que acontece em 21 de março. A data foi escolhida por fazer referência às
três cópias do cromossomo 21 que aqueles que têm Down apresentam.
No Dia
Internacional, as pessoas que vivem e trabalham com aqueles que possuem a T21
(trissomia do cromossomo 21) – responsável por 95% dos casos de Síndrome de
Down – reúnem-se ao redor do mundo e participam de atividades que objetivam
aumentar a conscientização pública acerca da questão, criando uma voz global
que, em uníssono, defende os direitos, a inclusão e o bem-estar das pessoas com
Down.
Em
Apucarana, a Associação Download tem 60 famílias e tenciona informar melhor a
população sobre a incidência de Síndrome de Down, cerca de uma a cada 700
nascimentos. Estima-se que na cidade haja até 194 portadores da síndrome.
“Há muito desconhecimento sobre a T21 e, por isso, criam-se mitos e
discriminação. Nós usamos o termo “capacitismo” para nos referirmos ao
preconceito em relação às pessoas com deficiência”, afirma Liana Bassi,
vice-presidente da Associação Download. ”Por isso o mês de março é para dar
visibilidade às pessoas com T21, enfatizando suas potencialidades”, explica.
Além da
vice-presidente, Larissa Bassi Piconi, filha de Liana e mãe de Joaquim, de 4
anos, esteve no Salão Nobre da Prefeitura, onde foi feito o lançamento da
campanha “Conectados pela inclusão”. Outros membros da associação participaram
por teleconferência.
Para
Larissa, o que acontece com os portadores da Síndrome de Down é o fato de que
as regras sociais são estabelecidas por pessoas que não são portadores de
deficiência (PcD) d, por isso, “a deficiência não está no indivíduo, mas na
relação deste indivíduo com a sociedade. Precisamos criar condições de acesso e
participação para essa pessoa”, defendeu. “Precisamos de uma sociedade
inclusiva, onde todos caibam.”
Transversalidade
A
extensa programação inclui palestras, rodas de conversa, caminhada individual,
reuniões, lançamento de Lei Municipal, encontro com professores e até mesmo
discussão dos dilemas e desafios para a mulher de maternidade atípica. “A Lei
Municipal que vamos lançar em 21 de março obriga os estabelecimentos de saúde e
hospitais a comunicar imediatamente o nascimento de crianças com T21 às
associações e entidades que atuam com essa demanda em nossa cidade”, diz o
prefeito Junior da Femac.
Para a
secretária da Mulher Denise Canesin, esta é uma parceria inovadora. “Há uma
transversalidade nas políticas públicas para atender às necessidades dos
portadores de T21. As famílias não podem ser negligenciadas e as pessoas com
Down precisam ter a chance de viver saudavelmente e ter o menor número possível
de limitações”, afirma a secretária.
A
Associação Download participa da campanha do Mês da Mulher e a secretaria da
Mulher, por sua vez, intermedia duas ações: uma com os residentes da Autarquia
Municipal de Saúde, sobre os “Desafios da maternidade atípica” e outra com os
estudantes de psicologia, fisioterapia e pedagogia da FAP sobre “O que todos
precisam saber sobre a T21”.
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