Durante a
conversa com a cardiologista Ludhmila Hajjar nesta segunda-feira (15), Jair
Bolsonaro quis saber a opinião da médica sobre a cloroquina e criticou medidas
de restrição social, porque podem levá-lo à perder a reeleição
247 - Jair Bolsonaro deixou claro para a médica
cardiologista Ludhmila Hajjar, cotada para assumir o Ministério da Saúde, que
ele tem medo de perder as eleições se seguir os procedimentos indicados pela
ciência no combate à pandemia de coronavírus.
Segundo site Poder 360,
que divulgou bastidores da reunião de
Bolsonaro e Hajjar na manhã desta segunda-feira (15), o presidente
quis saber o que a médica achava da cloroquina, que não tem eficácia contra a
Covid-19, e também sobre medidas que restringem a circulação da população para
frear os contágios pelo coronavírus.
Ele
disse ser contra o fechamento de negócios e a adoção de toque de recolher,
casos de São Paulo e Brasília, e dirigiu-se a Ludhmila no seu estilo que
mistura franqueza com rispidez: “Você não vai fazer lockdown no Nordeste para
me foder e eu depois perder a eleição, né?”.
Em resposta,
segundo o Poder 360, Ludhmila afirmou que as medidas de distanciamento
mais restritivas deveriam ser tomadas em situações extremas, em locais em que o
número de doentes e de mortes exigisse isso. "Pazuello entrou na conversa.
Disse que tinha dados diferentes e que os governadores estavam mentindo sobre a
taxa de lotação de UTIs (unidades de terapia intensiva) e outras estatísticas.
Ludhmila expressou descrença sobre isso", diz o site.
Após
reunião nesta segunda-feira (15) com Jair Bolsonaro, a cardiologista Ludhmila Hajjar recusou o convite para assumir o Ministério da Saúde e
ressaltou que se “pauta pela ciência” ao criticar medidas defendidas pelo
governo como uso da cloroquina e pregação contra o lockdown.
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