quinta-feira, 25 de março de 2021

RS: Três pacientes nebulizados com hidroxicloroquina morrem; hospital apura

 

O hospital Nossa Senhora Aparecida, em Camaquã, a 130 km de Porto Alegre, disse não ter sido verificado que "a nebulização esteja contribuindo para melhorar o desfecho dos pacientes"

Medicamento hidroxicloroquina não tem eficácia comprovada para o tratamento contra o coronavírus (Foto: Marco Santos/Agência Pará)

247 - Três pacientes que passavam por um tratamento à base de hidroxicloroquina morreram nesta semana no hospital Nossa Senhora Aparecida, em Camaquã, a 130 quilômetros (km) de Porto Alegre, na região sul do Rio Grande do Sul. As vítimas faleceram entre segunda-feira (22) e essa quarta (24). O hospital disse não ter sido verificado que "a nebulização esteja contribuindo para melhorar o desfecho dos pacientes". 

"Os indícios sugerem que está contribuindo para a piora porque todos os casos (de óbito) apresentaram reações adversas após o procedimento", afirmou o médico e diretor-técnico do hospital, Tiago Bonilha de Souza, à Rádio Gaúcha.

Todos os pacientes estavam sendo nebulizados com uma solução de hidroxicloroquina diluída em soro, de acordo com informação publicada pelo portal Uol

O tratamento experimental era administrado pela médica Eliane Scherer, demitida da instituição no dia 10. O procedimento testado por ela não seguia os protocolos de saúde do hospital nem do fabricante da substância. "A profissional descumpria protocolos [de segurança] de forma contumaz", destacou a assessoria jurídica da instituição.

O hospital afirmou que Eliane Scherer foi "afastada da escala (de trabalho) após ter tentado obrigar a equipe assistencial a administrar pela via inalatória uma solução com hidroxicloroquina, de procedência desconhecida, não prescrita em prontuário, manipulada pela própria médica".

 

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