Novas
mensagens entregues ao STF pela defesa de Lula revelam que os procuradores se
gabavam de suas atitudes autoritárias, chamando o ex-juiz Sergio Moro de
“russo”. Defesa de Lula aponta semelhanças da operação com as arbitrariedades
cometidas pela Justiça russa nos “Processos de Moscou”
247 - Novos diálogos de integrantes da Operação Lava
Jato entregues ao Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira (15) pelos
advogados de defesa do ex-presidente Lula revelam que os procuradores da
força-tarefa se gabavam de suas atitudes autoritárias e chamavam o ex-juiz
Sergio Moro de “russo”.
A defesa de Lula
argumentou à Suprema Corte que “o ‘Russo’ - codinome que adaptam a seus
sucessores e à própria Vara Criminal -, conscientemente ou não, remetem a Lava
Jato e seu chefe às condutas autoritárias dos célebres Processos de Moscou,
ocorridos no final da década de 1930”.
Os
advogados de Lula também explicaram que os “Processos de Moscou, ocorridos no
final da década de 1930 (na União Soviética) sob a condução do Procurador-Geral
Andrey Vichinsky, é tristemente conhecido pela frase ‘Entregue-me um homem e
lhe encontrarei um crime’”.
"Como
demonstrado no anexo relatório pericial, 'amostras de mensagens que comprovam
que a alcunha ‘RUSSO’ não era a única utilizada para referenciar Sergio Moro.
Também eram utilizadas as expressões ‘RUSSIA’, ‘RUSSA’, ‘NEW RUSSIAN’ e ‘OLD
RUSSIAN’ para fazer referência de forma ‘oculta’ aos magistrados da 13ª Vara
Criminal de Curitiba'", acrescentou a defesa.
Esta é a
primeira revelação de mensagens escusas envolvendo membros da força tarefa de
Curitiba após o ministro do STF, Edson Fachin, anular os
processos arbitrários contra Lula expedidos no âmbito da Lava Jato.
Confira a íntegra das mensagens:
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