Se adquiridos, imunizantes serão
encaminhados para o Ministério da Saúde como forma de incrementar o Programa
Nacional de Imunizações (PNI), com distribuição para todos os estados do País.
© Jonathan Campos/AEN
O Governo
do Paraná formalizou em oito cartas de intenção encaminhadas neste mês para
diferentes laboratórios o desejo de comprar imediatamente 16 milhões de doses
da vacina contra a Covid-19. Essa quantia pode chegar a 33 milhões de doses e
depende da capacidade de entrega das farmacêuticas.
Confirmando
a negociação, os imunizantes seriam encaminhados para o Ministério da Saúde
como forma de incrementar o Programa Nacional de Imunizações (PNI), com
distribuição para todos os estados do País conforme regramento do Governo
Federal. Essa regra é fruto de um acordo de todos os governadores do País.
“Estamos
conversando com diversos laboratórios na tentativa de colaborar com o
Ministério da Saúde. O Paraná não parou um só momento em busca de saídas para a
vacinação”, destacou o governador Carlos Massa Ratinho Junior durante encontro
com os governadores Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e Carlos Moisés (Santa
Catarina), nesta quarta-feira (17), em Florianópolis.
“Estamos
dialogando com fornecedores de todo o mundo, mas aqueles sérios e que tenham
capacidade de entregar a vacina”, disse o governador.
CONSÓRCIO – O plano deve ganhar mais
intensidade justamente pela unificação de estratégias do Paraná, Rio
Grande do Sul e Santa Catarina em busca de soluções conjuntas para o
enfrentamento ao vírus.
Uma das
medidas discutidas pelos governadores dos três Estados é ampliar as
reuniões com laboratórios que produzem o imunizante, fazendo com que o grupo
fique numa espécie de fila de espera pela vacina. “É um aceno, mostrar que
queremos comprar. E se por ventura alguém desistir, estaremos lá dispostos a
adquirir os imunizantes”, afirmou o governador de Santa Catarina, Carlos
Moisés.
Há,
inclusive, a intenção de formatar um fundo financeiro único entre os três
estados com o objetivo de ganhar musculatura no mercado internacional de
imunizantes.
PLANO
PARANÁ –
Responsável dentro do Estado por fazer a interlocução com as farmacêuticas que
produzem a vacina contra a Covid-19, o diretor-executivo do Consórcio Paraná
Saúde, Carlos Setti, ressaltou que já formatou desde 3 de março oito cartas de
intenções com diferentes laboratórios. O início das conversas prevê a aquisição
imediata de 16 milhões de doses, podendo chegar a 33 milhões.
“O Paraná
iniciou conversas com laboratórios e distribuidores assim que o Supremo
Tribunal Federal permitiu a compra de vacinas pelos estados. No momento em que
aparece a oferta, protocolamos a carta de intenções reforçando o interesse
comercial”, ressaltou Setti.
O Consórcio
Paraná Saúde é uma estratégia que reúne 398 municípios e desde o início da pandemia
é uma opção para acesso direto aos fornecedores. O aporte financeiro do Governo
do Estado em eventual formalização será feito por meio da Secretaria de Estado
da Saúde.
“A
explosão da cepa P1 revelou uma nova doença. Precisamos tomar conta do processo
para diminuir mortes e salvar vidas. Todos os dias estamos envolvidos na busca
de estratégias diferentes, como é o caso da compra de vacinas”, acrescentou o
secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Fonte: AEN
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