Procurador
da força-tarefa da Lava Jato exigiu atuação mais dura com a OAS depois que a
Veja atribuiu à delação da empreiteira a informação de que o ministro Dias
Toffoli, do STF, teria sido citado por Leo Pinheiro
Conjur - "Essa reportagem só me convence que a OAS tem
que mijar sangue para voltar para mesa". Foi essa a mensagem enviada por
um dos procuradores da "lava jato" em um grupo do Telegram em 27 de
agosto de 2016, em referência às negociações de um acordo de colaboração
premiada.
As tratativas
tinham sido interrompidas cinco dias antes pelo então procurador-Geral da
República, Rodrigo Janot, depois da desastrosa reportagem de capa da revista
Veja que atribuía à delação a informação de que o ministro do Supremo Tribunal
Federal Dias Toffoli teria sido citado por Leo Pinheiro.
Os
diálogos constam de uma nova petição
entregue nesta segunda-feira (1º/3) pela defesa do ex-presidente Lula ao
ministro Ricardo Lewandowski, relator de uma reclamação sobre o
material recolhido em investigação contra hackers que invadiram os celulares de
autoridades.
Na conversa, o procurador Diogo — provavelmente Diogo Castor
de Mattos — compartilha duas reportagens e afirma que estão "querendo
jogar a sociedade contra a 'lava jato'. E distorcendo tudo". O
interlocutor não identificado, então, responde que "essa reportagem só me
convence de que a OAS tem que mijar sangue para voltar para mesa". A pessoa
ainda completa: "Pelo menos fica claro que não fomos nós", fazendo
referência ao vazamento de informações que não estavam na delação para a
revista Veja.
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