“A ameaça
à democracia não vem das instituições militares, vem de instituições civis.
Parem de ver fantasmas. Olhem para os problemas onde eles se situam”, afirmou à
TV 247 o ex-ministro. Assista
247 - Ex-deputado federal e ex-ministro dos governos
Lula e Dilma Rousseff, Aldo Rebelo negou, em entrevista à TV 247, que os
militares tenham participado do golpe contra a ex-presidente Dilma em 2016 e do
golpe continuado que prendeu o ex-presidente Lula e o deixou fora da eleição
presidencial de 2018.
Para ele, Lula
nunca teve desentendimentos com as Forças Armadas e, por esta razão, não
haveria motivos para retaliações. O mesmo não acontece com o Judiciário, com o
Legislativo e com a mídia, segundo o ex-ministro. “Eu pergunto às pessoas que
têm esse ressentimento aos militares, quero que me apontem um fato durante os
oitos anos do governo Lula onde houve um problema entre o governo e os
militares. Me apontem um fato. Eu lembro de muito problema com o Judiciário, eu
lembro de muito problema com o Supremo [Tribunal Federal], eu lembro de muito
problema com o Congresso, eu lembro de muito problema com a mídia. Aí eu
lembro, das campanhas sórdidas que foram feitas, das decisões absurdas do
Supremo Tribunal Federal, do Congresso Nacional. Isso eu lembro, mas as pessoas
não. É uma obsessão com a questão militar”.
Segundo
Rebelo, os militares não ameaçam a democracia brasileira, mas as instituições
civis sim. “Parem de ver fantasmas”, exclamou. “A ameaça à democracia não vem
das instituições militares, vem de instituições civis, mas ninguém diz nada.
Ninguém diz nada do Ministério Público Federal porque é uma instituição civil,
não é militar. Então o Ministério Público Federal pode cometer todo tipo de
abuso, todo tipo de crime, como tem cometido. Instituições civis imaturas,
prenhas de vaidade, essas são mais ameaças à democracia, meus amigos, do que os
militares. Parem de ver fantasmas. Olhem para os problemas onde eles se situam.
O que afastou Dilma do governo não foi nenhuma conspiração militar. Foi uma
conspiração civil. Foi a ação da mídia, do Ministério Público, do Supremo, da
política, do mercado. Mas é mais fácil tentar encontrar responsabilidade nos
militares”.
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