“Petróleo
não é uma mercadoria qualquer, é uma mercadoria estratégica, indispensável para
que haja mobilidade de pessoas e de cargas. É um preço estratégico, tem que ter
alguma polícia nacional para justificar”, afirmou à TV 247 o ex-presidente da
Petrobras. Assista
247 - O ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli
falou à TV 247 sobre os recorrentes ajustes nos preços dos combustíveis no
Brasil desde o final de 2020 e principalmente no início de 2021.
A justificativa da
estatal para o reajuste é a alta do dólar e do custo do barril de petróleo.
Gabrielli destaca que não há como desvincular o preço doméstico daquele
praticado no exterior, mas também não há necessidade de repassar todas as
variações ao consumidor brasileiro. “No longo prazo você tem que manter uma
relação do preço doméstico com o preço internacional. Não há como você isolar o
país. Mas você não precisa, nas circunstâncias do mercado brasileiro, passar
todas as variações diárias no preço do petróleo internacional, da gasolina
internacional, para o mercado brasileiro”.
“O
petróleo não é uma mercadoria qualquer, é uma mercadoria estratégica,
indispensável para que haja mobilidade de pessoas e de cargas. Portanto, o
preço da gasolina não pode ser tratado como se fosse o preço de um
cachorro-quente ou de banana. É um preço estratégico, tem que ter alguma
polícia nacional para justificar, seja via regulação, tributação ou comportamento
das grandes empresas”, disse Gabrielli.
Lula livre e Moro
suspeito
O
ex-presidente da Petrobras opinou também sobre o julgamento no Supremo Tribunal
Federal (STF) que deve ocorrer em breve sobre a suspeição do ex-juiz Sergio
Moro e a possível anulação das condenações contra o ex-presidente Lula.
Para
ele, o STF irá tentar colocar em prática uma estratégia de declarar Moro
suspeito sem devolver os direitos políticos de Lula. “São duas questões. Eu
acredito que hoje tudo leva a crer que o Supremo vai declarar o Moro suspeito,
mas ainda não é claro que ele vai declarar que Lula tenha os direitos políticos
restituídos. Acho que o Supremo vai tentar nesse momento, sem um aquecimento
nas ruas, sem a pressão da opinião pública, vai considerar Moro parcial, anular
o julgamento, mas manter Lula inviabilizado eleitoralmente. Acho que é essa a
tendência”.
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