domingo, 28 de março de 2021

MP-RJ: viúva de Adriano da Nóbrega era responsável pela contabilidade da quadrilha

 

De acordo com as investigações, Júlia Lotufo controlava a contabilidade do miliciano Adriano da Nóbrega, que integrava o chamado Escritório do Crime, grupo de matadores profissionais e suspeito de envolvimento com o assassinato da ex-vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL)

Júlia Lotufo com Adriano da Nóbrega (Foto: Reprodução)


247 - O Ministério Público do estado do Rio (MP-RJ) considera a viúva do miliciano Adriano da Nóbrega, Júlia Lotufo, de 29 anos, como peça fundamental para esclarecer o tamanho do patrimônio adquirido pelo ex-policial do Batalhão de Operações Especiais (Bope).

De acordo com as investigações, Júlia controlava a contabilidade de Adriano. Os integrantes da quadrilha prestavam contas sobre os rendimentos, vendas de gado e gestão do haras de Adriano à Júlia. "Júlia era mais que companheira de Adriano da Nóbrega era cúmplice em seus escusos negócios, companheira de crime", disse o MP-RJ. O relato foi publicado pelo portal G1

Em um escritório no Itanhangá, o MP-RJ apreendeu faturas e extratos de cartões de crédito em nome de Daniel Alves de Souza, preso nesta semana e um dos laranjas da quadrilha. Os destinatários finais dos serviços e produtos adquiridos através dos cartões de crédito em nome de Daniel eram o casal Adriano e Júlia.

Júlia era responsável pela gestão financeira de Adriano. Uma planilha encontrada pelo MP mostrou que apenas no mês de maio de 2019, uma tabela apresentava uma movimentação de R$ 1,8 milhão.

Adriano morreu durante uma operação policial na Bahia, em fevereiro do ano passado. Ele integrava o chamado Escritório do Crime, grupo de matadores profissionais, contratados para cometer crimes e suspeito de envolvimento com o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL). A parlamentar foi morta pelo crime organizado.

A mãe de Adriano chegou a trabalhar no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio, onde o parlamentar cumpria mandato de deputado estadual antes de ser eleito para o Senado. 

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