A Justiça
boliviana decidiu aumentar de quatro para seis meses o tempo de detenção da
ex-presidente interina Jeanine Áñez, informou a mídia local neste sábado (20)
Sputnik - Detida no dia 13 de março,
Janine Añez teve sua prisão preventiva ampliada para seis meses por decisão da
Justiça boliviana.
Añez
está presa por suspeitas de terrorismo, sedição e conspiração relacionadas ao
golpe que levou à renúncia do ex-presidente Evo Morales em 2019. Inicialmente,
a política, que se diz alvo de perseguição, ficaria detida preventivamente.
Mas, na audiência de apelação, Áñez e dois de seus ex-ministros, Álvaro Coimbra
e Álvaro Guzmán, tiveram suas detenções ampliadas por mais dois meses.
"Está
confirmada a parte dispositiva da detenção preventiva dos três réus, que havia
sido indicada inicialmente como quatro meses, se determina seis meses de
investigação como presos preventivos", afirmou o membro da Segunda Câmara
Criminal, Willi Vargas, citado pelo portal El Deber, mencionando uma
possibilidade de fuga por parte da ex-presidente interina.
Na última
sexta-feira (19), um tribunal de La Paz autorizou a transferência de Jeanine
Áñez para um hospital, devido a problemas de saúde que se agravaram desde sua
prisão. No entanto, a decisão acabou sendo revogada por outra corte depois, que
determinou a prestação de atendimento médico à investigada na própria
penitenciária.
De
acordo com um laudo médico divulgado por assessores da ex-presidente, Áñez, de
53 anos, sofreria de hipertensão arterial sistêmica e poderia ter um ataque
cardíaco em decorrência de uma crise de pressão.
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