"Acreditei
e votei no Bolsonaro em 2018, mas ele nunca mais terá o meu voto", diz o
empresário Luis Stuhlberger, do Fundo Verde, um dos maiores do Brasil
247 – Os financistas da Faria Lima, em São Paulo,
começam a abandonar o projeto neofascista de Jair Bolsonaro, que vem destruindo
a economia, a saúde e a imagem do Brasil. O primeiro grande nome a assumir seu
arrependimento é Luis Stuhlberger, gestor do Fundo Verde. "Certamente, o
Brasil foi o pior país do mundo na condução do combate à pandemia. Se fosse
possível dois países terem regimes opostos nas políticas de combate à pandemia,
eu diria que seriam a China e o Brasil", disse ele em entrevista à jornalista Cristiane Barbieri, publicada
no jornal Estado de S. Paulo. O empresário atribui a mudança recente de
Bolsonaro à entrada do ex-presidente Lula na cena política.
O gestor diz ainda
que Bolsonaro, com sua incompetência, está impondo um custo gigantesco à
economia brasileira. "O custo do atraso é tranquilamente de 1,5% a 2% de
perda no PIB este ano, algo em torno de R$ 130 bilhões a R$ 140 bilhões. Se for
somado ao custo do auxílio emergencial, pode-se falar numa perda de R$ 200
bilhões no ano. Era muito melhor ter gasto esse dinheiro em vacinas",
afirma.
Ele
também prevê um segundo turno entre Lula e Bolsonaro. "Para mim, existe
90% de certeza de que o segundo turno no ano que vem será disputado entre
Bolsonaro e Lula. Está longe, mas já se começa a pôr probabilidade no preço dos
ativos, nos juros. Não se sabe qual Lula teremos em 2022: o do PT da última
eleição, mais à esquerda, ou o de 2003 a 2008", afirma o empresário, que
disse ainda não votará em Bolsonaro. "Nunca, na minha vida, votei em branco,
porque sempre acho que existe um mal menor. Dessa vez, se for Bolsonaro contra
Lula, vou ter de votar em branco, porque não há mal menor entre os dois. É um
recado para o presidente, no sentido de que melhore, porque há muitas pessoas e
eleitores que pensam como eu."
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