Com o risco de
desabastecimento do chamado "kit intubação" em grande parte do País,
o governo federal disse nesta segunda-feira que a aquisição desses medicamentos
"é de responsabilidade de Estados, Distrito Federal e municípios",
mas, que "de forma inovadora" monitora semanalmente a disponibilidade
dos remédios em todo território nacional em reforço às ações da unidades
federativas.
A
informação foi distribuída nesta manhã em nota conjunta da Secretaria Especial
de Comunicação Social (Secom) e do Ministério da Saúde e traz informações que o
governo vem repetindo desde sábado (20) sobre suas ações na solução desta
crise, que é mais uma dentro do quadro de emergência da pandemia de covid-19.
A alta demanda por
serviços hospitalares e o número recorde de pacientes internados por covid-19
levou à escassez do kit, composto por sedativos, anestésicos e bloqueadores
musculares. O iminente desabastecimento atinge não só a rede pública, mas também
hospitais filantrópicos e a rede privada.
Na
última quinta-feira, dia 18, o coordenador do tema da vacinação no Fórum
Nacional dos Governadores, Wellington Dias (PT-PI), enviou ofício ao presidente
Jair Bolsonaro alertando que ao menos 18 Estados só tinham mais 20 dias de
cobertura de todos os componentes do kit. O governador explicou que a escassez
de medicamentos é resultado do agravamento da crise sanitária que "aflige
severamente todas as regiões do País".
"Em
relação aos medicamentos do chamado 'kit intubação' (IOT), cuja aquisição é de
responsabilidade de Estados, Distrito Federal e municípios, o Ministério da
Saúde, em reforço às ações das Unidades da Federação, monitora, de forma
inovadora toda a rede SUS, semanalmente, desde setembro de 2020, a disponibilidade
em todo território nacional e envia informações da indústria e de
distribuidores para que estados possam realizar a requisição", disse o
governo federal na nota.
O
documento da Secom e da Saúde diz que o governo federal tem atuado
"incansavelmente" em diversas frentes para garantir a assistência
necessária a todos os Estados e municípios e listou algumas ações realizadas,
como requisição dos estoques excedentes das indústrias, aquisições
internacionais e pregões eletrônicos nacionais.
A nota
destaca reuniões realizadas neste fim de semana para avaliar os números de cada
Estado e informa que hoje e na terça-feira (23) haverá novos encontros,
"com representantes das indústrias de medicamentos, para alerta e pedido
de auxílio, efetivo, nas soluções emergenciais elaboradas com o intuito de
salvar vidas".
Neste
domingo (21), conforme reportagem do Estadão/Broadcast, o
Ministério das Relações Exteriores (MRE) foi acionado para iniciar contatos no
exterior para facilitar a compra de insumos médicos que compõem o kit
intubação. Na quinta-feira, o Ministério da Saúde informou ter requisitado os
estoques da indústria de medicamentos usados para intubar pacientes. Segundo a
pasta, a ordem de entrega dos fármacos foi feita na quarta-feira (17) e deve
suprir a demanda do Sistema Único de Saúde (SUS) por 15 dias, com 665,5 mil
comprimidos.
O risco
de desabastecimento desses medicamentos, além de oxigênio e dispositivos
médicos utilizados no País no enfrentamento da pandemia de covid-19, também
levou a Anvisa a publicar uma série de medidas de flexibilização de regras na
última sexta-feira (19).
Fonte:
Bem Paraná com Estadão Conteúdo
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