Novo
ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ainda não foi nomeado e o general Eduardo
Pazuello, que está demissionário, não deixou o posto. Governadores e secretários
de Saúde denunciam que a pasta está sem comando
247 - Governadores e secretários de Estados e municípios
que procuraram o Ministério da Saúde nos últimos dias denunciam que a pasta
está sem comando no pior momento da pandemia de Covid-19. O novo ministro da
Saúde, Marcelo Queiroga, ainda não foi nomeado oficialmente para o cargo e o
general Eduardo Pazuello, que está demissionário, ainda não deixou o posto.
“Temos dois
ministros e, na verdade, não temos nenhum”, disse o governador de São Paulo, João
Doria (PSDB), segundo reportagem do jornal O Estado de
S. Paulo. “O que entra não está autorizado a agir como ministro,
porque não recebeu a sua nomeação. O outro, que sai, não está com disposição de
determinar, orientar e comandar, porque já é um ex-ministro, ainda que ocupando
o cargo”, completou o governador tucano.
Um dos
fatores para o atraso na nomeação de Queiroga está no fato de que ele precisa
se desligar da sociedade em empresas das quais possui participação societária.
Para o
governador da Bahia, Rui Costa (PT), a situação coloca o Brasil em “barco
à deriva”. “Não se pode fazer exoneração e nomeação no gerúndio,
demitindo um ministro e nomeando um novo há uma semana. Quem está tentando
salvar vidas neste momento fica se perguntando: com quem eu falo? Quem está
decidindo neste momento? O Brasil é um barco à deriva”.
A
ausência de um responsável pela pasta ocorre no pior momento desde o início da
pandemia, com o sistema de saúde à beira do colapso na maioria dos estados.
Também há risco da falta de medicamentos e anestésicos utilizados na intubação
de pacientes com Covid-19.
Segundo a
reportagem, os secretários estaduais e municipais dizem eu as tratativas estão
acontecendo por meio do secretário-executivo da Saúde, Elcio Franco, que deve
deixar o ministério com a saída de Pazuello. A equipe que deverá ser
nomeada por Queiroga ainda é desconhecida.
Nesta
segunda-feira (22), o Brasil registrou mais de 295 mil mortos e 12 milhões de
infectados pela Covid-19.
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