A
ex-presidente interina é acusada de terrorismo, conspiração e sedição devido
aos eventos que sucederam à renúncia do ex-presidente boliviano Evo Morales em
2019. Os ex-ministros que apoiaram seu governo provisório de um ano também
foram detidos pelas autoridades
Sputnik Brasil - A ex-presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez,
foi presa neste sábado (13). Áñez é acusada de terrorismo, conspiração e
sedição devido aos eventos que sucederam à renúncia do ex-presidente boliviano
Evo Morales, ainda em novembro de 2019. A informação foi confirmada pelo
Ministro do Interior, Eduardo del Castillo
"Informo ao povo boliviano que a senhora Jeanine Áñez já foi detida e atualmente está nas mãos da polícia", diz uma postagem do ministro que você pode conferir abaixo:
O local e a hora
exata da prisão não foram divulgados e a promotoria não anunciou publicamente o
mandado. Os ex-ministros que apoiaram seu governo provisório de um ano também
foram detidos pelas autoridades, reporta a agência AFP.
Áñez,
por sua vez, também utilizou o Twitter para "denunciar" a
"perseguição política" que está sofrendo.
"Denuncio
à Bolívia e ao mundo que, em um ato de abuso e perseguição política, o governo
do MAS ordenou que eu fosse prensa. Acusam-me de ter participado de um golpe
que nunca aconteceu. Minhas orações pela Bolívia e por todos os
bolivianos", diz a postagem.
Ascensão e queda
de Añez
Evo
Morales deixou o poder após acusações de fraude eleitoral contra sua reeleição,
em primeiro turno, para um terceiro mandato, em 2019. À época o alto escalão
das Forças Armadas exigiu a saída do ex-presidente do poder, abrindo caminho
para o golpe que levou Áñez à Presidência.
Añez deixou o
cargo no início de novembro, quando Luis Arce, do Movimento pelo Socialismo
(MAS), assumiu o cargo, tendo vencido uma eleição esmagadora em 18 de outubro.
A votação foi adiada várias vezes, gerando protestos e alimentando temores de
uma quinada para ainda mais longe da democracia.
A
denúncia contra Añez partiu de um bloco de deputados e ex-deputados do MAS. A
Justiça boliviana responsabiliza parte dos acusados pela morte de mais de 30
pessoas durante a repressão aos protestos contra a saída de Evo do poder.
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