Segundo
Dilma Rousseff, o golpista Aécio Neves “nunca aceitou a derrota” de 2014. Para
ela, Aécio apenas “tenta limpar sua biografia, para retirar dela as manchas
indeléveis que o identificam como um antidemocrático golpista”
247 - Um dos principais líderes do golpe de 2016, o
deputado federal Aécio Neves (PSDB) mentiu ao afirmar que reconheceu a derrota
nas eleições presidenciais de 2014, segundo sua então concorrente na época,
Dilma Rousseff (PT), que publicou nota contra o tucano.
Segundo a
ex-presidente petista, “não é verdade que Aécio aceitou a derrota, e os fatos
estão aí, registrados na mídia e na história para provar”. Para ela, Aécio
apenas “tenta limpar sua biografia, para retirar dela as manchas indeléveis que
o identificam como um antidemocrático golpista”.
“Aécio
nunca aceitou de fato a derrota. Chegou a comemorar a vitória antes da hora e,
inconformado com o resultado, mandou o seu partido, o PSDB, entrar com uma ação
no TSE pedindo a recontagem dos votos. Foi derrotado de novo”, argumenta.
Confira nota de
Dilma contra golpismo de Aécio Neves:
A “lavagem” biográfica
Não é
verdade que Aécio aceitou a derrota, e os fatos estão aí, registrados na mídia
e na história para provar.
Sete
anos depois da eleição de 2014, em entrevista ao site “Congresso em Foco”,
Aécio Neves tenta limpar sua biografia, para retirar dela as manchas indeléveis
que o identificam como um antidemocrático golpista. Ele diz que reconheceu sua
derrota nas urnas.
Não é
verdade e os fatos estão aí, registrados na mídia e na história para provar.
Aécio nunca
aceitou de fato a derrota. Chegou a comemorar a vitória antes da hora e,
inconformado com o resultado, mandou o seu partido, o PSDB, entrar com uma ação
no TSE pedindo a recontagem dos votos.
Foi
derrotado de novo.
Em
seguida, determinou que o PSDB entrasse com outro recurso no TSE, para impugnar
a minha diplomação como presidenta eleita.
Foi derrotado mais
uma vez. E então partiu para o golpe.
Em
conversa com o empresário Joesley Batista, que o denuncia como um dos corruptos
mais afoitos que conheceu, gravada com autorização judicial, referiu-se em
termos indignos às suas próprias ações e deixou claro sua decisão de boicotar o
governo: “Vamos entrar com um negócio aí. Lembra depois da eleição? Os filhos
da p… sacanearam tanto a gente, vamos entrar com um negócio aí para encher o
saco deles também”.
Nunca
houve dúvida quanto a intenção golpista e desqualificada de Aécio Neves no
Congresso: desestabilizar o governo eleito, por meio de sabotagem explícita,
visando inviabilizar as ações políticas, econômicas e administrativas
necessárias para o bem do País.
Em maio
de 2015, o PSDB de Aécio Neves contratou juristas para escrever um pedido de
impeachment. Janaína Paschoal afirmou ter recebido R$ 45 mil do PSDB para
participar deste trabalho. A ação do partido revelava premeditação, por ser
deliberadamente precipitada, já que o mandato a que um eventual impeachment
poderia se referir mal havia começado.
O
desígnio golpista de Aécio Neves foi revelado em todos seus atos desde o final
de 2014.
Uma das
figuras mais proeminentes do PSDB, o senador Tasso Jereissati, acabou por
admitir, em entrevista ao Estado de S. Paulo, em 2018: “O partido cometeu um
conjunto de erros memoráveis. O primeiro foi questionar o resultado eleitoral.
Começou no dia seguinte (à eleição). Não é da nossa história e do nosso perfil.
Não questionamos as instituições, respeitamos a democracia. O segundo erro foi
votar contra princípios básicos nossos, sobretudo na economia, só para ser
contra o PT. Mas o grande erro, e boa parte do PSDB se opôs a isso, foi entrar
no governo Temer. Foi a gota d’água, junto com os problemas do Aécio (Neves).
Fomos engolidos pela tentação do poder.”
Para
limpar sua biografia, Aécio precisa combinar antes com seus próprios
companheiros de partido e, sobretudo, com a história recente e todos que a
vivenciaram. Sua tentativa de “lavagem” biográfica está, em definitivo,
condenada ao fracasso, diante da montanha de evidências e fatos reveladores de
seu golpismo irresponsável e leviano. Seus atos condenaram o Brasil ao
desastre, ao produzir o governo nefasto de Temer, levando direto a Bolsonaro e
à atual catástrofe de pobreza, fome, doença e mortes. Os democratas não podem
deixar que a irresponsabilidade de Aécio Neves resulte em novas consequências
catastróficas para o Brasil.
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