Por Tereza Cruvinel
"Ministro
Gilmar Mendes, presidente da Segunda Turma do STF, pensava ontem, segundo fontes
do meio jurídico, onde a notícia circulou, em colocar hoje em pauta o HC da
defesa de Lula, pedindo o reconhecimento da suspeição do ex-juiz Sergio
Moro", escreve a jornalista Tereza Cruvinel
O ministro Gilmar Mendes, presidente da Segunda Turma do STF,
pensava ontem, segundo fontes do meio jurídico, onde a notícia circulou,
em colocar hoje em pauta o HC da defesa de Lula, pedindo o
reconhecimento da suspeição do ex-juiz Sergio Moro.
No despacho em que anulou as condenações e
processos contra Lula no âmbito da Lava Jato, o ministro Luiz Fachin sugeriu,
pois só poderia sugerir, e não determinar, que o HC perdeu o objeto, não
devendo ser analisado. Este seria o melhor dos mundos para Moro, diante da
fartura de provas de suas condutas delituosas. Mas o julgamento do HC interessa
à defesa de Lula, e muito mais ao ministro Gilmar Mendes, de
quem Fachin roubou a bola, antes que ele fizesse o
gol que vem
catimbando, no papel de crítico mais feroz da Lava
Jato e do ex-juiz que corrompeu o processo judicial.
Colocando o HC em pauta, e obtendo a maioria de
votos a favor da suspeição de Moro, que ainda vive de sua fama como ex-juiz
travestido de justiceiro, Gilmar resgataria seu protagonismo no caso,
afetado pela penada brusca de Fachin, na tentativa de salvar Moro, como
entendem gregos e troianos.
Para a defesa de Lula, o reconhecimento da
suspeição faz diferença não só para fazer justiça a Lula, que Moro perseguiu
com requintes, ao ponto de ter se declarado "no ringue" com
ele, quando o inquiria em depoimento. A decisão, se tomada, fará
diferença para o futuro dos processos que agora vão tramitar na Justiça Federal
de Brasilia. Ela anulará também todos os procedimentos, provas e outras peças
dos processos. Já se houver apenas a mudança de competência, as peças
continuarão tendo valor e podem ser usadas em
desfavor de Lula.
Fonte: Brasil 247
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