Em um
voto contundente pela suspeição de Sergio Moro na Segunda Turma do STF, o
ministro Gilmar Mendes chamou a Lava Jato de “projeto populista de poder” e
disse que “cada um vai ter seu lugar na história”. “Não se combate crime
cometendo crime”
247 - Em um voto histórico pela suspeição do ex-juiz
Sergio Moro no comando dos processos da Operação Lava Jato, o ministro Gilmar
Mendes afirmou, em sessão da Segunda Turma no Supremo Tribunal Federal nesta
terça-feira (9), que o então juiz de primeira instância cometeu crime para
perseguir o ex-presidente Lula e tirá-lo do processo eleitoral de 2018.
Em uma fala muito
contendente e crítica, Gilmar chamou a Lava Jato de “projeto populista de
poder” e usou expressões como “instrumentalização da justiça”, “juiz subserviente”,
“populismo jurídico” e “maior escândalo judicial da nossa história”. “Não se
combate crime cometendo crime”, ressaltou o ministro do STF, primeiro a votar o
habeas corpus.
Moro
não se incomodava em “pular o balcão”, disse ainda Gilmar, ao gerenciar os
processos que eram conduzidos pelos procuradores do Ministério Público.
O ministro
observou que os magistrados que eventualmente concedessem habeas corpus a alvos
da Lava Jato corriam risco de serem massacrados pelo que ele chamou de “conluio
entre a mídia e os procuradores” de Curitiba.
“O
combate à corrupção tem que ser feito dentro dos moldes legais, não se combate
crime praticando crime. Ninguém pode se achar o ó do borogodó, cada um vai ter
seu tamanho no final da história, um pouco mais de modéstia, calcem as
sandálias da humildade”, disse.
Mais cedo, o ministro Edson Fachin, que anulou os processos contra o ex-presidente Lula nesta
segunda-feira (8), tentou adiar o julgamento do habeas corpus, alegando que,
após a decisão do dia anterior, não haveria mais razão para julgar a suspeição
de Moro. A manobra fracassou e Fachin foi derrotado por 4 a 1 na Segunda Turma.
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