A
política econômica de Jair Bolsonaro e seu ministro, Paulo Guedes, afunda o
Brasil ainda mais na crise. Nesta terça-feira (2), o dólar disparou mais uma
vez e a moeda americana atingiu R$ 5,73
Infomoney - Após zerar as perdas na reta final do pregão de ontem e
fechar estável, o dólar comercial inicia esta terça-feira (2) com forte
valorização contra o real, chegando a atingir
O movimento
acontece com investidores reagindo à decisão do presidente Jair Bolsonaro de
reduzir a zero as alíquotas do PIS/Cofins incidentes sobre a comercialização e
a importação do óleo diesel, por dois meses, e do gás de cozinha, sem um prazo
definido.
As
novas alíquotas do diesel e do GLP residencial entrarão em vigor imediatamente,
por serem definidas em decreto, sem necessidade de aprovação pelo Congresso.
Parte da
compensação pela redução dos tributos, estimada pelo governo em R$ 3,67 bilhões
para este ano, virá do aumento da CSLL de instituições financeiras como os
bancos.
Com
isso, às 10h45 (horário de Brasília), o dólar comercial operava com ganhos de
1,45%, cotado a R$ 5,6805 na compra e R$ 5,6815 na venda.
Ainda
nesta manhã, o Banco Central realizou uma atuação extraordinária no mercado de
câmbio, com uma operação de venda de dólares à vista, no valor total de US$ 1
bilhão. O anuncio chegou a amenizar os ganhos da moeda, mas ela logo retomou a
forte alta.
O BC já havia
anunciado para este pregão um leilão de swap tradicional para rolagem de até 16
mil contratos com vencimento em junho e dezembro de 2021.
Em
relatório, os economistas da Renascença avaliam que, no atual cenário, o dólar
pode escalar para novos patamares, enquanto a curva de juros ficará mais
pressionada.
“A
expectativa é de que os bancos repassarão parte considerável desse aumento de
custos ao tomador, o que encarecerá o crédito e prejudicará a já combalida
dinâmica da atividade econômica. Ademais, não custa ressaltar que o quadro
pandêmico mostra-se extremamente difícil no Brasil, enquanto o mercado continua
no aguardo de avanço da PEC Emergencial”, disseram.
Já José Faria
Júnior, diretor da Wagner Investimentos, destaca que as incertezas têm levado o
real a se descolar muito de seus pares internacionais.
“Nunca
tivemos tão descorrelacionados das moedas de países emergentes ou dos preços
das commodities. Nossa moeda não deveria estar acima de R$4,50. Temos que
aguardar a votação da PEC Emergencial, que corre o risco de ser fatiada”,
avalia. “Será muito ruim este fatiamento, já que colocará sérias dúvidas na
aprovação de medidas de contenção de gastos”, diz Faria apontando que o BC deve
começar o processo de alta de juros no próximo Comitê de Política Monetária
(Copom) daqui 15 dias, de preferência com um aumento de 50 pontos-base na
Selic.
Fonte: Brasil 247
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