Lula
concedeu uma histórica entrevista coletiva nesta quarta-feira, se apresentado
como o estadista que é. Bolsonaro, por sua vez, acusou o golpe e mudou
radicalmente seu discurso negacionista
247 - Jair Bolsonaro parece ter sentido o golpe após a entrevista coletiva histórica do ex-presidente Lula. Nesta quarta-feira (10), ele discursou em
solenidade em Brasília e espantou pelo discurso manso, a favor da vacina e
reconhecendo inclusive o fato de que não há nenhum remédio com eficácia
científica comprovada para o tratamento da Covid-19, embora tenha alegado que
"muitos médicos" reconhecem a existência de "tratamento
opcional" para a doença.
Na cerimônia que
marcou a sanção de projetos para a compra de vacinas, Bolsonaro fez questão de
enaltecer seu governo, afirmando que o Brasil foi "exemplo para o
mundo" no combate ao coronavírus. De acordo com dados da Universidade
Johns Hopkins, no entanto, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking de mortes
pela Covid-19 no mundo, tendo registrado 268.370 vítimas fatais da doença.
Buscando
não perder espaço para Lula, defensor das vacinas e das medidas de prevenção ao
coronavírus, Bolsonaro chegou a utilizar máscara, assim como os outros
presentes no evento. Bolsonaro costumeiramente dispensa o equipamento de
proteção, mesmo diante de grandes aglomerações.
Há uma semana, Bolsonaro ganhou destaque na imprensa após declarar que os brasileiros estariam e "mimimi" com medo do vírus e questionar inclusive a tristeza daqueles que perderam familiares e amigos na pandemia. "Nós temos que enfrentar nossos problemas. Chega de frescura, de mimimi. Vão ficar chorando até quando? Temos que enfrentar os problemas", disse ele em discurso.
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