Em vez de
pesquisar cenários eleitorais com o ex-presidente, jornal paulista sugere que a
população brasileira o vê como culpado de uma sentença armada
247 – Mesmo depois da confirmação de que o ex-presidente
Lula foi um preso político durante 580 dias, por ter sido julgado por um
ex-juiz que não tinha competência territorial para julgá-lo e que também não
foi imparcial durante o processo, o jornal Folha de S. Paulo contratou uma
pesquisa do seu instituto Datafolha que tem como finalidade preparar um novo
golpe judicial contra Lula, com o objetivo de retirá-lo das eleições
presidenciais de 2022.
Em reportagem publicada nesta
segunda-feira, a Folha informa que 57% dos brasileiros considerariam justa a
condenação de Lula, sem informar que a absoluta maioria dos juristas do Brasil
e do mundo já divulgou manifestos contra a prisão política do ex-presidente. A
Folha também jamais informou que líderes globais de vários países, como os
presidentes da Argentina e do México, Alberto Fernández e López Obrador, assim
como o senador estadunidense Bernie Sanders, entre vários outros líderes
globais, comemoraram o fim das condenações arbitrárias do ex-presidente, que
tiveram como única finalidade retirá-lo da disputa de 2018, abrindo caminho
para a vitória de Jair Bolsonaro.
Mais
grave do que isso, a Folha não fez uma pesquisa eleitoral com Lula na disputa
presidencial, ao contrário do que fizeram a Fórum e o instituto Data Poder 360. Nos dois levantamentos,
Lula foi apontado como o candidato com a menor rejeição e com maiores chances
de derrotar o neofascismo bolsonarista.
Se a eleição fosse
hoje o ex-presidente Lula venceria Jair Bolsonaro no segundo turno e ficaria à
frente já no primeiro em um cenário mais concentrado com apenas quatro
candidatos, sendo os outros dois Ciro Gomes e João Doria. É o que mostra a 8ª
edição da Pesquisa Fórum, realizada entre os dias 11 e 15 de março, em parceria
com a Offerwise. Num eventual segundo turno Lula teria 38% e Bolsonaro 33.8%.
Ao
manobrar para retirar Lula das eleições de 2022, a Folha age como cúmplice do
governo da morte de Jair Bolsonaro.
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