“Encerro
com um sincero pedido de desculpas pelo que fiz. E ainda que eu considere meu
erro imperdoável, apelo à boa vontade daqueles que também erraram como eu
errei. Perdão”, escreveu Ricardo Kertzman
247 - O blogueiro Ricardo Kertzman, colunista da revista
Istoé, é a primeira pessoa da chamada imprensa corporativa a fazer sua
autocrítica e a pedir desculpas por ter votado em Jair Bolsonaro, em coluna publicada nesta quarta-feira. “O amigão do
Queiroz, pai do senador das rachadinhas e da mansão de 6 milhões de reais, é um
dos maiores erros da minha vida. E olhem que a concorrência é grande e
variada”, escreveu o blogueiro.
“Seja como presidente
ou ser humano (ele é?), em relação à Covid-19, às vítimas fatais e aos
familiares e amigos, suas falas e atitudes são abjetas, eivadas de ódio,
violência e mentiras. Desconheço, inclusive, nos dias de hoje, ao menos,
ditadores e facínoras, mundo afora, que reproduzem o comportamento vil que Jair
Bolsonaro impõe ao Brasil e aos brasileiros”, pontua.
“Já são
3 mil mortos por dia por Covid-19. Quase 300 mil vidas que se foram. Sem
vacinas, o maníaco da cloroquina nos lidera a uma catástrofe sem precedentes em
nossa história. A mim me parece que o sujeito opera em duas frentes: a loucura,
que acredito lhe ser nata. E o método, a fim de levar o País ao caos sanitário,
econômico e social. E ao golpe!”, prossegue.
“Bolsonaro sonha,
planeja, trabalha e tentará, mais cedo ou mais tarde, de uma forma ou de outra,
golpear a democracia. Por isso me penitencio tanto. Não só, mas também por
isso. O sujeito só pensa em si, na sua prole enrolada com a Justiça e em sua
reeleição. Se em 2022 o Brasil contar com menos 500 ou 600 mil brasileiros, e
daí? Ele não é coveiro. O País atirou no lixo, graças a Bolsonaro e a Pazuello,
mais de uma centena de milhão de doses de vacinas, ainda em 2020. Quantas vidas
isso já está custando e ainda custará?”, questiona.
“Entendem,
caros leitores, por que escrevo tanto sobre esse energúmeno e sou tão ácido nas
palavras? É um misto de indignação e de raiva. Uma espécie de… culpa! E como
não sentir? Encerro com um sincero pedido de desculpas pelo que fiz. E ainda
que eu considere meu erro imperdoável, apelo à boa vontade daqueles que também
erraram como eu errei. Perdão”, finaliza.
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