A confirmação de
seis casos de chikungunya, doença causada pelo mesmo mosquito transmissor da
dengue (aedes aegypti), acendeu o alerta na Autarquia Municipal de Saúde da
Prefeitura de Apucarana (AMS). Ações de bloqueio da doença já foram realizadas
pelo setor de combate a endemias e as equipes intensificaram o trabalho de
vistoria de residências, depósitos, terrenos baldios e estabelecimentos
comerciais para busca de focos endêmicos, a chamada busca ativa, e também
reforçou o trabalho de conscientização da população.
Os
detalhes da estratégia de prevenção e contenção, tanto da chikungunya quanto da
dengue na cidade, foram repassados ao prefeito Júnior da Femac nesta
quarta-feira (24/03), em reunião no gabinete municipal, pelo médico veterinário
Mauro de Aguiar Almeida, coordenador do setor de Combate a Endemias da AMS.
“Pela primeira vez temos a notificação e confirmação de tantos casos de
chikungunya em Apucarana, o que nos preocupa muito”, observa Almeida.
Os
registros envolveram moradores do Núcleo da Fraternidade e a autarquia trabalha
com a hipótese de que a doença tenha sido introduzida por uma pessoa que
contraiu o vírus fora do município. Uma vez na cidade, foi picada pelo aedes
aegypti que retransmitiu a doença aos demais. “Nossos agentes já realizaram
dois ciclos de varredura em todos os imóveis em busca de focos do mosquito e,
nesta próxima terça-feira, realizam a terceira busca ativa, fechando os três
ciclos que incluem a pulverização de inseticida com bomba costal”, informou o
prefeito Júnior da Femac. Segundo ele, a 16ª Regional de Saúde também vai ceder
o carro fumacê para reforçar as ações de bloqueio no bairro. “Dr. Altimar
Carletto atendeu prontamente nossa solicitação. O fumacê motorizado tem um
alcance maior em comparação à bomba costal”, comentou o prefeito.
O
coordenador do setor de Combate a Endemias, Mauro Aguiar Almeida, pede aos
moradores que ao avistar o carro fumacê, abram janelas e portas da residência.
“É uma ação importante para que o produto, que extermina o mosquito aedes
aegypti, também aja no interior dos imóveis. As pessoas deverão ter atenção
especial na proteção dos animais domésticos, principalmente as aves, e os seus
recipientes de água”, orienta.
Os
principais sintomas da chikungunya são febre alta de início rápido (38º/39º),
dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e
pulsos. “Pode ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos e manchas
vermelhas na pele. Em casos mais graves, a chikungunya leva a paciente à
tetraplegia, ao desenvolvimento da Síndrome de Guillain-Barré e até a óbito”,
detalha Almeida. Segundo ele, todos os casos de Apucarana evoluíram de forma
positiva. “Estão todos fora de risco, mas ainda sofrendo as sequelas da doença,
que são muito dolorosas e mais duradouras do que o de casos leves da dengue”,
disse o agente de saúde.
Com
apenas 12 casos, prefeito destaca eficiência do combate à dengue em Apucarana
Se por
um lado a ocorrência de casos de chikungunya tem preocupado, a dengue está sob
controle em Apucarana. Na avaliação do prefeito Júnior da Femac, o momento
reflete a eficiência do trabalho preventivo promovido diariamente em todos os
bairros e distritos pelos agentes de combate a endemias da Autarquia Municipal
de Saúde (AMS). Até o momento, a cidade registra apenas 12 casos.
Londrina,
por exemplo, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SESA), contabiliza
263 casos de dengue e dois óbitos pela doença. No tocante à chikungunya,
Londrina notificou três casos positivos. “Além do valioso trabalho dos nossos
agentes, que é realizado de forma incansável, contamos sempre com o apoio da
população, que deve manter vigilância diária sobre seu imóvel ou empresa,
removendo água de recipientes que podem servir de foco de proliferação do
mosquito”, pontua o prefeito Júnior da Femac.
O
coordenador do setor de combate a endemias, Mauro Aguiar Almeida, reforça que
as pessoas devem evitar sobretudo armazenar água da chuva por um período
superior a três dias. “Muitas pessoas improvisam tambores, baldes e outros
recipientes para armazenar água visando regar vasos ou mesmo lavar calçadas. O
ideal é que as pessoas evitem este tipo de procedimento mas, se utilizado, a
água deve ser utilizada de forma rápida, evitando serem enormes focos de
proliferação do mosquito. O que é imensamente grave para a saúde pública”,
alerta Almeida. Ele também pediu que a população verifique periodicamente
vasos, calhas e todos os pontos que podem acumular água da chuva. “O combate à
dengue, à chikungunya e outras doenças é uma responsabilidade de todos”, concluiu.
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