Em
comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +51%, indicando
tendência de alta nos óbitos pela doença
O
Brasil registrou 1.940 novas mortes pela covid-19 neste sábado, 13. Pela
primeira vez em três dias, o País ficou abaixo na marca de duas mil vítimas do
novo coronavírus. Por outro lado, a média móvel de óbitos semanal bateu recorde
pelo 15º dia consecutivo e ficou em 1.824 neste sábado. Em comparação à média
de 14 dias atrás, a variação foi de +51%, indicando tendência de alta nos
óbitos pela doença.
No total, o Brasil
tem 277.216 mortos. Já o número de novos casos neste sábado foi de 70.934. Com
isso, o País atingiu a marca de 11.439.250 infectados. Os dados são do
consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra,
Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço
divulgado às 20h.
Um ano após o reconhecimento oficial da
pandemia, o Brasil vive o pior momento da doença com aumento de casos e mortes
em praticamente todas as regiões. Já são 52 dias seguidos com a média móvel de
mortes acima da marca de 1 mil. O Rio Grande do Sul registrou o maior balanço
diário de mortes causadas pela covid-19, com 331 óbitos nas últimas 24 horas,
segundo a Secretaria Estadual de Saúde. O recorde anterior era de 276 mortes, alcançado
na última quinta-feira (11). No Paraná, 97% dos leitos de UTI para tratamento
da doença no Sistema Único de Saúde (SUS) estão ocupados. Neste sábado, quase
um terço das mortes registradas no dia veio da região Sul.
Diante do avanço da pandemia, governadores
e prefeitos adotam medidas mais restritivas para conter a circulação de pessoas
e evitar a disseminação do acelerada do vírus. Pela primeira vez desde o início
da pandemia, Curitiba (PR) adotou o lockdown por nove dias para frear o vírus.
No Ceará, as medidas mais restritivas passam a valer em todo o Estado.
Boletim quinzenal da Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz), divulgado na última quinta-feira, confirma a gravidade do momento,
apontando alta taxa de ocupação de leitos, tendência de avanço nos casos de
síndromes respiratórias e elevada participação do País no total de mortes
causadas pela doença no mundo. O Brasil é a segunda nação com mais registros,
atrás apenas dos Estados Unidos. Na contagem total de infectados, o País
superou a Índia nesta sexta-feira, de acordo com o site Worldometers. No país
asiático, porém, os índices de contágio estão em declínio.
O Estado de São Paulo registrou neste
sábado 434 mortes por coronavírus. Na cidade de São Paulo, a secretaria de
saúde municipal informou que a rede alcançou 83% de ocupação para leitos de
UTI.
O balanço de óbitos e casos é resultado da
parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o
dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias
nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à
decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia,
mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.
Fonte: Notícias ao Minuto
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