Parte das
transações, incluindo a compra de um imóvel na Barra da Tijuca, foi
identificada após a quebra dos sigilos bancário e fiscal do parlamentar,
anulada por uma decisão do STJ
247 - Jair Bolsonaro fez negócios semelhantes às
transações suspeitas realizadas pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ)
na investigação de um esquema de “rachadinha” na época em que ocupava uma
cadeira na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Parte das
transações foi identificada após a quebra dos sigilos bancário e fiscal do
parlamentar, anulada por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Segundo reportagem
de Italo
Nogueira, da Folha de S. Paulo, os dados obtidos pela investigação
apontam que Bolsonaro teria feito uso de dinheiro em espécie para ajudar o
filho a comprar imóveis, além da transferência de valores de uma funcionária de
seu antigo gabinete na Câmara dos Deputados para as contas do ex-assessor
Fabrício Queiroz, suspeito de ser o operador financeiro do esquema.
Outras
informações indicam um padrão semelhante entre a compra da residência de
Bolsonaro, no Rio, aos negócios imobiliários que estão sob suspeita feitos por
Flávio. Apesar disso, o ex-capitão não foi investigado. Em função do cargo, ele
só pode ser investigado por atos cometidos durante o mandato.
Flávio é acusado
pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de chefiar um esquema envolvendo 12
funcionários entre 2007 e 2018, quando exerceu o mandato de deputado estadual.
Na época, Fabrício Queiroz esteve subordinado diretamente ao parlamentar. A
defesa do senador nega as acusações feitas pelo MP-RJ e alega que a denúncia
possui "erros bizarros".
Bolsonaro
comprou a casa na Barra da Tijuca por R$ 400 mil, mas a antiga proprietária havia
comprado o imóvel por R$ 580 mil, um deságio de 30% em comparação ao valor pago
apenas quatro meses pela antiga proprietária. Flávio também declarou ter pago
R$ 310 mil na compra de dois apartamentos, mas os donos anteriores teriam
desembolsado, um ano antes. R$ 440 mil.
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