No pior
dia da pandemia no Brasil, em que o país registrou o número recorde de 1.726
mortes por Covid-19, Jair Bolsonaro disse que não tem culpa pela crise
sanitária e pela tragédia que provoca em perda de vidas humanas
247 - Apresentando dados sem comprovação para negar os
efeitos devastadores da Covid-19 no Brasil e se esquivar de responsabilidade
pelas quase 260 mil mortes, Jair Bolsonaro voltou a dizer nesta terça-feira
(2), a apoiadores na porta do Palácio da Alvorada que não tem nenhuma culpa
pelas cerca de 260 mil mortes por Covid no país.
“Querem me culpar
pelas 200 e tantas mil mortes”, afirmou. “O Brasil é o 20º país do mundo em
mortes por milhão de habitantes. A gente lamenta? Lamentamos. Mas tem outros
países com IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), renda e orçamento melhor que
o meu em que morre mais gente”, acrescentou ele. O Brasil já ultrapassa a marca
de 257 mil mortes por Covid-19. O número registrado na terça-feira de 1.726
óbitos foi obtido por meio de levantamento do consórcio de veículos de
imprensa. O Ministério da Saúde apresentou números menores - 1.641
mortes.
Na
conversa com apoiadores, Bolsonaro retomou a defesa do tratamento precoce de
Covid-19 e voltou a criticar o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. “E
por que está morrendo menos gente aqui? Tem que ter uma explicação. Seria o
tratamento precoce?”, perguntou. “Se ficar em casa até sentir falta de ar, como
dizia o sr. Mandetta, você vai para o hospital para ser intubado. E, se for
intubado, você sabe, né? Em torno de 60% a 70% das pessoas infelizmente entra
em óbito”, disse o presidente antes de cobrar investimentos em mais Unidades de
Terapia Intensiva (UTI). “Devemos investir em UTI, sim. Que salve 1%, mas você
tem de investir em UTI”.
Bolsonaro disse
que não é culpado pelo fechamento do comércio e repetiu que o Supremo Tribunal
Federal (STF) concedeu a Estados e municípios o poder de tomar decisões sobre
medidas restritivas. “Segundo o STF, isso cabe a governadores e prefeitos.
Lockdown não é culpa minha: é de governadores e alguns prefeitos”, afirmou,
informa O Estado de S.Paulo.
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