Na
primeira entrevista após a anulação de suas condenações e restabelecimento de
seus direitos políticos, o ex-presidente lamentou o caos que o país enfrenta
sob a negligência do governo no combate à pandemia e se solidarizou com as
famílias das mais de 260 mil vítimas. Assista na TV 247
247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou
nesta quarta-feira (10) que "não tem mágoas" após todo o processo de
linchamento midiático e jurídico que sofreu.
Ele concede
entrevista coletiva nesta manhã na sede do Sindicato dos Matalúrgicos do ABC, transmitida
pela TV 247, após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin
anular na segunda-feira (8) as sentenças expedidas no âmbito da operação Lava
Jato, devolvendo sua elegibilidade.
Nesta
terça, a Segunda Turma do STF voltou a apreciar a suspeição de Moro e tudo
indicada que o ex-juiz será declarado suspeito - a sessão foi suspensa pelo
pedido de vistas do ministro Nunes Freire, que está em São Paulo com os pais
internados, ambos infectados com Covid-19.
Lula também
reforçou que “o sofrimento que as pessoas pobres estão passando nesse país é
muito maior do que todas as injustiças que fizeram contra mim". "Não
existe dor maior do que a do cidadão desempregado", completou.
Ele
também condenou o decreto de Jair Bolsonaro que facilita o acesso à armas de
fogo. “Um presidente não é eleito para falar bobagens e fake news. Não é eleito
para armar a população. Não precisamos de mais armas”.
"Quem
está precisando de armas é as Forças Armadas, é a polícia. Não fazendeiros, não
milicianos para matar meninas e meninos negros", acrescentou o petista.
Em sua fala, Lula
também fez muitos agradecimentos, como ao povo da Vigília Lula Livre, que o
acompanhou durante os 580 dias de prisão injusta, além do presidente da
Argentina, Alberto Fernández, “primeiro a ligar” depois da decisão de Fachin,
que anulou suas condenações e restabeleceu seus direitos políticos, e ao papa
Francisco pela solidariedade a ele e “inegavelmente o religioso mais importante
que temos nesse momento”.
A
coletiva de imprensa, que acontece presencialmente no Sindicato dos
Metalúrgicos de São Bernardo, com retransmissão nas redes sociais de Lula e
diversos outros canais e emissoras, inclusive a TV 247, conta com a presença de
dezenas de jornalistas de todos os veículos brasileiros, entre jornais,
portais, emissoras de TV e agências internacionais (foto abaixo).
Coletiva de Lula à imprensa no Sindicato dos Metalúrgicos(Photo: Rodrigo Vianna)
Saiba mais
Além da
decisão de Fachin na anulação das sentenças, o ex-juiz Sergio Moro, responsável
pelas acusações arbitrárias contra Lula, também é alvo da Suprema Corte. A 2ª
Turma do STF não terminou de julgar, nesta terça-feira (9), o habeas corpus da
defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a suspeição do
ex-juiz. O caso foi levado ao colegiado após decisão do ministro Gilmar Mendes,
presidente da Turma.
Quando
o placar estava em 2 x 1 a favor de Moro, após Gilmar Mendes votar pela
suspeição do ex-magistrado de Curitiba e ex-ministro da Justiça de Jair
Bolsonaro, o ministro Nunes Marques pediu vista – ou seja, mais tempo para
analisar o caso –, alegando não ter tido tempo de formar uma posição. Com isso,
a conclusão da análise será adiada.
Inscreva-se
no canal de cortes do 247 e assista à coletiva:
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