domingo, 28 de fevereiro de 2021

Senadores de oito partidos falam em CPI e impeachment de Bolsonaro

 

Senadores de PSDB do Ceará, MDB, PSD, Cidadania, Rede, PROS, Podemos e Republicanos concordaram em responsabilizar Jair Bolsonaro por causa dos crimes de responsabilidade cometidos nesta pandemia. Iniciativa de conversar sobre eventuais providência do Senado partiu de Tasso Jereissati (CE)

Senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) (Foto: REUTERS | Agência Senado)

247 - Senadores de PSDB do Ceará, PSD, MDB, Cidadania, Rede, PROS, Podemos e Republicanos concordaram com a necessidade de responsabilizar Jair Bolsonaro pelo mau gerenciamento da crise sanitária provocada pela pandemia do coronavírus, o que ficou evidente na troca de mensagens dos parlamentares em um grupo de WhatsApp. Os diálogos entre dos senadores foram publicados pela coluna de Guilherme Amado

Às 14h27 desse sábado, o senador tucano Tasso Jereissati (CE) escreveu: "Senadoras e senadores, o presidente Bolsonaro esteve no Ceará, ontem, sexta-feira, quando cometeu pelo menos dois crimes contra a saúde pública, ao promover aglomerações sem proteção e ao convocar a população a não ficar em casa, desafiando a orientação do governo do estado e ainda ameacando o governo de não receber o auxílio emergencial. Desta maneira a instalação da CPI no Senado tornou-se inadiável. Não podemos ficar omissos diante dessas irresponsabilidades que colocam em risco a vida de todos brasileiros".

Otto Alencar (BA) respondeu: "Toda razão amigo Tasso, o PR (Bolsonaro) afronta os governadores que estão na ponta cuidando da saúde nos estados, cabe ao Senado, a Casa da federação, contestar essa ação equivocada do PR JB, que leva a quebra de protocolos e leva à expansão da doença no país".

"Isto, mestre Tasso. Dói na alma estas coisas", criticou Confúcio Moura, do MDB de Roraima. "Ainda bem que temos governadores e prefeitos que cumprem seus deveres", complementou. 

"Concordo 100%", escreveu Alessandro Vieira, do Cidadania do Sergipe.

"Concordo, Tasso", afirmou a senadora Zenaide Maia (PROS-RN).

"Registrei imediatamente as inconsequentes posturas presidenciais, com o respeito cabível e exigível, ao fazer carreata no dia que se verificara o maior número de óbitos de nacionais", concordou Veneziano Vital do Rêgo, do MDB da Paraíba.

"Esse negacionismo já passou do limite. O Brasil já ultrapassou os 250 mil mortos e vamos ter lamentavelmente próximos dias muito graves em mortes e colapso da rede pública em vários estados", criticou Eduardo Braga (MDB-AM).

Senador pelo Podemos do Paraná, Oriovisto Guimarães afirmou concordar com Tasso. "Concordo e apoio a iniciativa do senador Tasso! Nosso PR tem tido um comportamento totalmente errado em relação a como cuidar dos brasileiros no que diz respeito à pandemia. Desde o início, tudo errado. Não é razoável que depois de tudo o que aconteceu no mundo ele continue nagacionista", disse.

"Um depoimento que contrapõe a insensatez e dureza de coração de muitos", comentou Mecias de Jesus, líder do Republicanos e eleitor por Roraima.

"Concordo com Tasso Jereissati. Agora mais do que nunca sobejam razões para instalar a CPI", escreveu Randolfe Rodrigues, da Rede do Amapá.

"Uma grande verdade, Tasso! Está na hora", concordou Eliziane Gama, do Cidadania-MA.

"Concordo plenamente. Não há outro caminho", acompanhou Humberto Costa (PT-PE). 

"Concordo 100% (II). Aqui em Natal, há 'discípulos' até hoje: o prefeito", escreveu Jean Paul Prates (PT-RN).

Lockdown

Ao comentar o cenário nacional, o neurocientista Miguel Nicolelis afirmou que vê "grande chance de um colapso nacional".

Inscreva-se no canal de cortes do 247 e assista a um vídeo em que o cientista Miguel Nicolelis fala sobre a necessidade de lockdown:


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