“Nós
começamos a perder o domínio do petróleo que nós tínhamos conquistado com lutas
duríssimas da sociedade inteira'', afirmou o ex-senador à TV 247. Assista
247 - Em meio aos recentes acontecimentos em torno da
Petrobrás, o ex-senador Roberto Requião disse à TV 247 que o Brasil começou a
perder o controle da estatal já no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB),
que colocou as ações da empresa na bolsa de valores de Nova York.
“O Fernando
Henrique Cardoso assume a presidência da República e vem com aquela conversa
maluca da teoria da dependência, e coloca as ações da Petrobrás na bolsa de
Nova York, já submetendo a nossa companhia de petróleo às regras da bolsa. Nós
começamos a perder o domínio do petróleo que nós tínhamos conquistado com lutas
duríssimas da sociedade inteira”, falou.
Requião
afirmou que mais tarde, já no governo Dilma Rousseff, outro forte golpe foi
dado contra a estatal. O pré-sal, que segundo o ex-parlamentar “nos garantiria
a retomada do crescimento”, foi aberto ao capital internacional por proposta de
José Serra, com o aval do governo federal. “Qual era a importância do petróleo
lá atrás? Quando os Estados Unidos descobriram o petróleo, paralelamente surgiu
o motor a diesel e do motor ciclo [de] Otto, e esses motores foram o motivo
principal da arrancada dos Estados Unidos no seu desenvolvimento, e eles
queriam negar isso ao Brasil. Descoberto o pré-sal, ele podia financiar a
retomada do desenvolvimento do Brasil de uma forma extraordinária. Mas de
repente o José Serra apresenta um projeto para abrir o pré-sal para o capital
internacional, para os interesses geopolíticos norte-americanos. O nosso
governo, o governo da Dilma, através do ministro de Minas e Energia e do líder
do governo, o Romero Jucá, apoia o projeto do Serra”.
“A Petrobrás, que na nossa visão era o instrumento de
retomada do crescimento brasileiro, se transforma, sem outra opção, em uma
empresa a serviço dos acionistas, vinculada às regras da bolsa de Nova York.
Nós perdemos a Petrobrás para os acionistas”, concluiu.
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