“Não vamos deixar
colocar uma praça de pedágio entre Apucarana e Califórnia. Não vamos deixar
colocar uma porteira no desenvolvimento do Vale do Ivaí”, disse o prefeito
Júnior de Femac
“Não vamos deixar
colocar uma praça de pedágio entre Apucarana e Califórnia. Não vamos deixar colocar uma porteira no
desenvolvimento do Vale do Ivaí.” Esse foi o apelo feito pelo prefeito de
Apucarana, Junior da Femac, durante audiência pública promovida nesta
sexta-feira (26/02) pela Frente Parlamentar sobre o Pedágio, no Auditório
Gralha Azul da Unespar.
Essa
foi a sétima audiência convocada para debater o novo modelo de pedágio proposto
pelo Governo Federal, que também já foi realizada em Cascavel, Foz do Iguaçu,
Londrina, Cornélio Procópio, Guarapuava e Francisco Beltrão. O evento contou
com a presença de lideranças políticas e do setor produtivo, entre os quais
deputados estaduais, prefeitos e vereadores. Além da participação presencial, a
audiência foi transmitida pela TV Assembleia, site e redes sociais do
Legislativo.
Estiveram
presentes oito deputados estaduais: Arilson Chiorato (coordenador da Frente
Parlamentar sobre o Pedágio), Evandro Araújo, Tercílio Turini, Luiz Claúdio
Romanelli, Delegado Jacovós, Tiago Amaral, Requião Filho e Subtenente Everton.
O prefeito Junior da Femac falou representando os gestores municipais da região
e pediu a união contra o modelo e pela retirada da praça de pedágio prevista
entre Apucarana e Califórnia. “Deputados, não votem a concessão das rodovias
caso permaneça a proposta de praças em Apucarana, Londrina e Toledo”, solicitou
Junior da Femac.
Junior
da Femac disse que vem participando ativamente das discussões e se posicionando
contra a proposta. “Estamos mobilizados. Promovemos uma reunião com mais de 60
entidades locais e participamos da audiência pública da Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT). Também participamos da reunião da Associação dos
Municípios do Vale do Ivaí que aconteceu dentro do Palácio Iguaçu e colocamos a
nossa posição para o governo do Estado”, reitera.
Junior
da Femac disse que os prefeitos da região estão preocupados e alertou para o
longo período de concessão “Estamos falando de uma concessão de 30 anos e que
irá atravessar a metade do século, se prolongando até 2051. Estamos, portanto,
discutando algo não para nós, mas que ficará para nossos filhos e netos. Por
isso é uma discussão que tem que ser feita com profundidade, o que não ocorreu
há 24 anos quando foi implantado o Anel de Integração”, frisa.
O
prefeito afirma que todos devem permanecer unidos contra o modelo de concessão
proposto, que prevê uma limitação no desconto de 17% na proposta apresentada
pelos concorrentes (contra os até 70% previstos na Lei de Licitações), o
estabelecimento de um valor de outorga que definirá na prática a empresa vencedora,
a implantação de um degrau tarifário que eleverá as tarifas ao passo que as
obras forem realizadas e o aumento do número de praças das atuais 27 para 42.
“Prefeitos, vereadores, autoridades do setor produtivo e religiosas,
universidades e instituições de ensino estão unidos contra esse modelo,
pleiteando um pedágio a partir do menor preço de tarifa, como já é praticado em
outros estados e países”, pontua.
Junior
da Femac reitera que o usuário das rodovias pedagiadas no Paraná paga
atualmente uma das maiores tarifas do Brasil e uma das mais altas do mundo.
“Dentre as dez maiores tarifas de pedágio do Brasil, cinco estão localizadas no
Paraná”, afirma, citando a tarifa na praça de Jataizinho, cujo valor de R$
26,40 é a terceira mais alta do Brasil.
O prefeito
afirma que as cidades do Norte do Paraná foram planejadas pela Companhia de
Terras para que ficássem próximas umas das outras, separadas por distâncias de
10 a 15 quilômetros. “As cidades são complementares e se interajudam.
Marilândia do Sul, por exemplo, é a maior produtora de hortifrutigranjeiros do
Paraná e fornece produtos para a merenda escolar de Apucarana. Assim como
Apucarana oferece serviços para os outros municípios nas áreas de saúde,
bancários e com as universidades. Tudo acontece em sinergia entre as cidades e
existe entre elas um trânsito praticamente urbano”, argumenta.
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