Onze
partidos da Câmara anunciaram na madrugada desta terça-feira (2), que vão ao
Supremo Tribunal Federal (STF) contra o primeiro ato de Arthur Lira como
presidente da Casa. Lira anulou um ato de seu antecessor, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), numa tentativa de esvaziar o poder do grupo de seu adversário
247 - O novo presidente da Câmara ignorou a
formação do bloco de dez partidos que apoiou Baleia Rossi (MDB-SP). Além de
eleger o presidente, os deputados iriam definir a composição da Mesa Diretora.
Na prática, a decisão de Lira permite que cinco das seis principais vagas na
Mesa Diretora fiquem com parlamentares do seu grupo. Apenas o PT manteria um
assento.
Partidos de
oposição ao novo presidente vão contestar a decisão no STF. O anúncio foi feito
após reunião da qual participaram também Baleia Rossi e o agora ex-presidente
da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), informa O Estado de S.Paulo.
A
formação dos blocos é importante porque é com base no tamanho de cada um que é
definida a distribuição dos demais cargos na Mesa Diretora. Pelos blocos
autorizados por Maia, caberia ao PT, dono da maior bancada na Casa, com 54
deputados, a Primeira-Secretaria, responsável por gerir contratos e autorizar
obras. O partido já havia indicado a deputada Marília Arraes (PE) para a
função.
O depuado
Alessandro Molon (PSB-RJ), disse que o ato de Lira foi "autoritário,
antiregimental e ilegal". De acordo com o deputado carioca, se Lira
continuar assim, a governabilidade da Câmara ficará comprometida.
O
movimento terá a assinatura dos dez partidos que integravam o bloco pró-Baleia
Rossi e a eles se juntará o PSOL.
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