O EWZ
registrava queda de 5% no pre-market em Nova York. A percepção de risco sobre
as ações aumentou após a nomeação de Joaquim Luna para o comando da estatal. O
mercado também se preocupa com a movimentação do governo no sentido de
interferir em outros setores, como energia elétrica
Infomoney - O EWZ, principal ETF brasileiro negociado no
mercado americano, que replica o índice MSCI Brazil, registrava queda de cerca
de 5% no pré-market da Bolsa de Nova York nesta segunda-feira (22). Às 7h
(horário de Brasília), a baixa era de 5,24%, em meio ao anúncio do governo de
trocar o CEO da Petrobras (PETR3;PETR4) e ainda indicar intervenção no setor de
energia elétrica. Os papéis da Petrobras PBR (equivalente às ações ordinárias)
tinham uma derrocada de mais de 14% no mesmo horário: a derrocada era de
14,13%, a US$ 8,63.
Após a indicação
do governo do general Joaquim Silva e Luna para presidência da Petrobras, em
substituição a Roberto Castello Branco, a percepção de risco para as ações da
Petrobras, que já estava alta por conta das críticas de Jair Bolsonaro ao
reajuste de combustíveis e ao CEO da estatal, aumentou ainda mais, levando os
ADRs (recibos de ações, na prática, os papéis negociados nos EUA) a caírem mais
de 9% no after market na sexta após terem registrado uma queda de mais de 7% no
pregão regular. O EWZ, principal ETF brasileiro negociado no mercado americano,
que replica o índice MSCI Brazil, já tinha caído 3,64% no after market na
sexta.
Soma-se
a isso mais declarações do presidente Bolsonaro que pode impactar outras ações.
Em conversa com apoiadores no sábado (20), após dizer que decidiu afastar
Roberto Castello Branco porque os reajustes dos preços dos combustíveis este
ano foram uma “covardia”, o presidente prometeu agir também no mercado de
energia elétrica. “Vamos meter o dedo na energia elétrica, que é outro problema
também”, afirmou, o que pode impactar também os papéis da Eletrobras
(ELET3;ELET6).
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